Juros em queda e bolsas em recorde impulsionam euforia, mas análise do Economista Sincero alerta para sinais de perigo no mercado de tecnologia.
O cenário da economia mundial vive um paradoxo: enquanto o Ibovespa flerta com os 150 mil pontos e a Nasdaq bate recordes impulsionada pela queda de juros nos EUA, um alerta soa no mercado. Em análise recente, Charles Mendlowicz, do canal Economista Sincero, questiona a sustentabilidade da euforia, principalmente em torno da gigante de tecnologia Nvidia.
A empresa atingiu o valor de mercado de 5 trilhões de dólares, superando o PIB de nações como Alemanha e Japão. A questão levantada por Mendlowicz é direta: “Será que essa alta da Nvidia não é uma bolha?”. Ele adverte que a frase “agora é diferente”, frequentemente usada para justificar altas expressivas, é historicamente comum em períodos que antecedem crises financeiras.
Nvidia: crescimento real ou euforia desmedida?
Para entender a dimensão do alerta, a análise do Economista Sincero detalha a avaliação da Nvidia. Com US$ 5 trilhões em valor de mercado, a empresa não só se tornou a mais valiosa do mundo, mas ultrapassa o valor somado de gigantes do setor bancário americano e canadense, como JP Morgan, Bank of America e Goldman Sachs.
- 
                        
                            
Projeto inédito na Coreia do Sul vai pagar renda básica com lucros de energia limpa para impedir o colapso das vilas rurais e estimular o comércio local com vales comunitários
 - 
                        
                            
A maior obra do Brasil: R$ 90 bilhões, rio desviado para criação de lago de 1.350 km², milhares de empregos e turismo turbinado
 - 
                        
                            
Estádios em SP viram máquinas de receita: Allianz fatura R$ 101 mi e Pacaembu recebe R$ 1 bilhão em Naming Rights e novas construções
 - 
                        
                            
Estas 8 cidades estão crescendo em ritmo acelerado e prometem ficar lotadas em 2026 e o motivo vai te fazer querer se mudar agora
 
O motor desse crescimento explosivo vem dos Data Centers, impulsionados pela demanda de Inteligência Artificial. Mendlowicz aponta que essa divisão saltou de 4 bilhões de dólares para 41 bilhões de dólares em receita em um curto período, representando agora 88% do resultado total da empresa. A dúvida é se essa demanda continuará crescendo exponencialmente ou se o mercado superestima sua perpetuidade.
O risco da “ciranda” de investimentos em IA
Um dos pontos de maior preocupação destacados por Charles Mendlowicz é o que ele chama de “Zé com Zé”, uma espécie de ciranda financeira no setor de tecnologia. Ele descreve um ecossistema onde a Nvidia investe na OpenAI, que por sua vez investe na Oracle, que compra chips da Nvidia, criando um ciclo de investimentos cruzados que infla o setor.
O perigo dessa estrutura, segundo o analista, é a interdependência sistêmica. “Essa música é legal quando tá tocando. Quando parar a música, não tem cadeira para todo mundo sentar”, alertou Mendlowicz. Se um elo dessa cadeia falhar, o risco de uma “murchada” (correção) é real, afetando todo o ecossistema que parece se autoalimentar.
O contexto da economia mundial: juros em queda alimentam o risco
A euforia com a Nvidia não acontece no vácuo. Ela é alimentada diretamente por mudanças na economia mundial, com destaque para a política monetária dos EUA. O Federal Reserve (Fed), banco central americano, cortou os juros pela segunda vez consecutiva, situando a taxa agora na faixa de 3,75% a 4%.
Mendlowicz explica que, historicamente, quando o juro cai nos EUA, “o dinheiro jorra para outras partes do mundo, inclusive para a bolsa brasileira”. Isso ajuda a justificar o otimismo do mercado, que vê o Ibovespa próximo dos 150 mil pontos e projeções como a do JP Morgan, que aponta para 155 mil pontos. No entanto, é essa mesma liquidez abundante que pode estar inflando ativos de risco de forma perigosa.
“Na festa, perto da porta”: a posição do investidor
A análise do Economista Sincero compara o momento atual com a bolha da Nasdaq em 2000, onde empresas como a Cisco eram vistas como expoentes inabaláveis e, posteriormente, sofreram quedas drásticas. Embora o cenário atual envolva empresas com lucros reais, a velocidade da alta acende um “sinal vermelho” de 5 trilhões de dólares.
Charles Mendlowicz conclui que, embora não acredite em uma “bolha clássica” que fará a Nvidia desaparecer, uma correção significativa parece provável. Ele define sua própria posição estratégica como estando “na festa”, ou seja, investido para aproveitar o rali, mas simultaneamente “perto da porta”, ciente dos riscos e pronto para agir caso o cenário mude abruptamente.
Depois dessa análise sobre a Nvidia e o cenário da economia mundial, queremos saber a sua visão. Você acha que a alta da gigante de tecnologia é uma bolha prestes a estourar, ou é um crescimento justificado pela revolução da IA?
Deixe sua opinião nos comentários, a discussão é fundamental para entender o momento do mercado.

                        
                                                    
        
                        
                        
                        
                        

        
        
        
        
        
        
        
- 
                        
                     
                                                                                                                                                                                
Uma pessoa reagiu a isso.