Apagão na Microsoft mostra a importância da proteção de dados e segurança em computação em nuvem. Problemas afetam empresas e exigem cautela na contratação de provedores.
Pane na Microsoft destaca a importância de backup e segurança na nuvem. Interrupções prejudicam corporações e demandam atenção na escolha de fornecedores.
Sobrecarga na Microsoft: como prevenir a perda de informações empresariais? Interface não responsiva. Foi essa a situação enfrentada por diversos profissionais em suas máquinas Microsoft na manhã desta sexta-feira após problemas nos protocolos de segurança da CrowdStrike, companhia que oferece serviços de proteção de dados ligados à computação em nuvem para a Microsoft e muitas outras corporações ao redor do mundo.
Problemas desta natureza podem, infelizmente, afetar negócios de diferentes portes e segmentos, salientando a importância de se investir em soluções seguras que protejam os dados corporativos e reduzam os riscos associados a falhas ou invasões hacker. A Microsoft, proprietária do Windows, uma das mais afetadas pelo recente apagão tecnológico, informou que o problema ocorreu em seu software cloud Azure, que utiliza a ferramenta americana conhecida como Falcon.
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Impacto nos servidores em nuvem
Devido à falha, seus serviços foram interrompidos, afetando diretamente dados importantes que estavam armazenados neste sistema em nuvem, o que pode incluir informações de clientes, por exemplo. Embora o problema tenha sido resolvido em poucas horas, certos resquícios ainda persistiram em alguns servidores, destacando os prós e contras da computação em nuvem para o mercado.
Com a crescente digitalização corporativa, o mercado de nuvem tem crescido de maneira significativa em prol da maior segurança e otimização na gestão das informações. Dados da McKinsey mostram que a computação em nuvem pode gerar até US$ 3 trilhões em redução e otimização de custos, além de contribuir para a criação de novos modelos de negócios até 2030.
A importância da segurança e otimização
Fatores como agilidade, eficiência, melhor custo-benefício e, principalmente, segurança, têm feito com que cada vez mais organizações compreendam a importância de adotar a gestão em nuvem. Não é à toa que grandes corporações, consolidadas no mercado, exploram cada vez mais as funcionalidades dessa modalidade na prestação de serviços.
Por outro lado, mesmo com uma vasta conscientização no mercado, é crucial considerar vários aspectos antes de escolher o provedor, para evitar uma contratação equivocada. Afinal, não são poucos os relatos de empresas de serviço em nuvem que tentam convencer clientes de que possuem a melhor oferta, quando, na verdade, carecem de especialização e conhecimento necessário.
Os riscos da contratação equivocada
Essa realidade tem feito com que muitos usuários tenham uma experiência negativa, potencializando os riscos para o negócio. Portanto, mais do que analisar o preço, na hora de escolher o provedor em nuvem, é fundamental estar atento a certos elementos.
Veja sete deles:
1. Propriedade e controle: Algumas empresas oferecem o gerenciamento total das operações para atrair clientes. Mas será que isso é realmente vantajoso? Afinal, o objetivo de contratar um servidor em nuvem é obter apoio no gerenciamento e manutenção, otimizando o tempo da equipe e garantindo segurança.
2. Gerenciamento e backup: É vital verificar se a provedora possui um time dedicado à gestão da nuvem, assegurando a continuidade das operações diárias. Além disso, é crucial saber a frequência dos backups, para garantir a proteção de dados.
Escalabilidade e Flexibilidade
3. Escalabilidade e flexibilidade: Este é um aspecto que também merece atenção. Um dos atrativos da nuvem é a opção de pagar apenas pelo que se usa. No entanto, a empresa consegue garantir a expansão de capacidade quando necessário? É fundamental checar se o serviço prestado não é um Data Center, que exige um ponto físico e tem alto custo para expansão.
4. Preço: Este é um ponto sensível para as corporações, que buscam o melhor custo-benefício. Contudo, é essencial avaliar se o valor cobre todas as conformidades regulatórias e, no caso de nuvem estrangeira, se a precificação está alinhada com a moeda da matriz, evitando diferenças quando convertida para o Brasil.
5. Localização geográfica: Qual a origem da nuvem? Esta tecnologia pode operar de diversos locais, por isso, é importante solicitar a demonstração do desempenho, verificando fatores como velocidade, latência e transição.
6. Integração e compatibilidade: Cada empresa tem seu próprio software. Portanto, é necessário garantir que a nuvem consiga se integrar com a ferramenta utilizada e, em caso de troca de sistemas, que possa exportar os dados com eficácia.
Histórico e reputação do provedor
7. Histórico e reputação: Pesquise sobre a marca. É essencial confirmar se a provedora tem experiência na prestação de serviços, qual sua avaliação no mercado e obter referências de projetos bem-sucedidos.
Atualmente, vivemos o ‘canibalismo empresarial’, quando grupos concorrentes adotam práticas não éticas. Nesse cenário, vale tudo, inclusive oferecer serviços abaixo do preço, o que para o cliente pode parecer vantajoso, mas desvia a atenção dos aspectos técnicos cruciais na contratação.
Esse descuido na escolha da nuvem pode expor a empresa a riscos de segurança, como ciberataques, exposição de dados, e interrupção das operações, comprometendo o desempenho do negócio. Portanto, é vital ter cuidado, garantindo que o prometido será cumprido. A nuvem demonstra que, para a tecnologia, o céu não é o limite. No entanto, é preciso estar atento às tempestades que podem surgir quando o provedor não tem pleno domínio da situação e passa uma previsão do tempo equivocada.
Glaucia Vieira é sócia-proprietária da G2.
Fonte: © cinthia@informamidia.com.br