Os preços dos combustíveis diferem principalmente com base em duas variáveis principais: o preço do barril de petróleo e o preço do dólar. O preço do petróleo Brent, que a Petrobras usa como referência, subiu quase 15%. Porém, se observarmos um período de tempo maior, o principal vilão do aumento dos preços da gasolina e do diesel é a moeda americana, que hoje está 5,44 reais.
O setor de petróleo teve grande impacto com a covid-19, mas com a restauração da economia, os preços voltaram às suas posições originais. No pregão de sexta-feira (19), a cotação do petróleo do tipo Brent atingiu US$ 64,44 o barril. Apesar de um aumento significativo em relação ao pior momento, o preço do barril de petróleo ainda caiu 6,9% em relação a janeiro passado.
No entanto, os preços dos combustíveis no Brasil não acompanharam essa queda. De acordo com ANP, em janeiro de 2020, o brasileiro pagava em média 4,58 reais por litro de gasolina. Agora ele tem que pagar em média 4,83 reais – mas, em alguns estados, já pagou mais de 5 reais por litro.
De janeiro de 2020 até o hoje, o dólar norte-americano subiu 34% em relação ao real. Na segunda-feira (22), a situação ainda era complicada e a cotação do dólar ultrapassou 5,50 reais. Isso levou o Banco Central (BC) a realizar um leilão de US$ 1 bilhão para amenizar as perdas.
Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria, diz que “Quando olhamos em um horizonte maior, o câmbio foi muito mais importante para a alta do combustível do que o petróleo”.
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