Proteína obtida da placenta humana devolve movimentos a pacientes e já apresenta resultados em humanos e animais
Um avanço científico inédito surgiu no Brasil e chamou atenção da comunidade médica internacional.
Em 2015, pesquisadores aplicaram pela primeira vez em humanos a polilaminina, uma proteína derivada da placenta humana. Esse composto estimula a regeneração de neurônios e reverte paralisias. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveu o estudo em parceria com o laboratório Cristália. O medicamento trouxe resultados positivos tanto em pacientes quanto em animais.
Assim, a descoberta se transformou em um marco sem precedentes na medicina moderna, já que a reversão de danos na medula espinhal era considerada impossível até então.
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Descoberta conduzida pela ciência brasileira
A polilaminina passou a ser estudada de forma contínua sob a liderança da pesquisadora Tatiana Coelho de Sampaio, professora da UFRJ.
De acordo com os especialistas, a proteína age diretamente sobre a medula espinhal. Além disso, ela estimula o rejuvenescimento neuronal e a formação de axônios, fibras que transmitem impulsos elétricos pelo corpo.
Por isso, o composto se consolidou como o caminho mais promissor para devolver movimentos a pessoas paralisadas, contrariando previsões anteriores da medicina.
Paciente recuperado após acidente grave
Um dos casos mais marcantes ocorreu em 2015, quando Bruno Drummond de Freitas, com 31 anos, sofreu um acidente que o deixou tetraplégico.
Ele recebeu a aplicação da polilaminina 24 horas após o trauma. Em entrevista à Folha de S.Paulo, relatou: “Em cinco meses, mais ou menos, eu já estava completamente recuperado. Tenho uma rotina normal, faço esportes e não passo mais por nenhum tipo de tratamento”.
Além disso, em depoimento ao G1, acrescentou: “Hoje em dia, consigo me movimentar inteiro, claro que com certas limitações… consigo levantar, andar, dançar, voar. Isso me garantiu minha independência”.
O resultado surpreendeu especialistas e abriu espaço para novos protocolos clínicos.
Testes em animais confirmam potencial
Além dos estudos em humanos, a polilaminina foi aplicada em roedores e cães com lesões graves na medula espinhal.
Em 2021, seis cachorros tetraplégicos receberam o medicamento. Como resultado, quatro deles recuperaram movimentos importantes, voltaram a andar e demonstraram melhora significativa na qualidade de vida.
Esses avanços foram posteriormente publicados em revistas científicas internacionais, o que reforçou a relevância da descoberta e ampliou sua repercussão global.
Impactos médicos e sociais da descoberta
O desenvolvimento da polilaminina abre perspectivas de uma revolução nos tratamentos neurológicos. Segundo especialistas, o medicamento brasileiro tem potencial para transformar a vida de milhares de pessoas em todo o mundo.
Além da recuperação física, os resultados alcançados devolveram aos pacientes independência, autoestima e dignidade, fatores fundamentais para a reintegração social.
No entanto, estudiosos alertam que o avanço exige protocolos rigorosos, ensaios clínicos ampliados e regulamentações éticas, de modo a garantir a segurança e a eficácia em larga escala.
Caminho para novas aplicações
Com base nos resultados já alcançados, cresce a expectativa de que a polilaminina entre em ensaios clínicos multicêntricos e testes internacionais.
De acordo com especialistas da área médica, a cooperação entre universidades, centros de pesquisa e indústria farmacêutica será essencial para expandir o alcance da terapia e consolidar sua aplicação no tratamento de lesões medulares.
Além disso, o fato de o desenvolvimento ter ocorrido no Brasil reforça a importância da ciência nacional em gerar soluções inovadoras com impacto global.
A descoberta em contexto internacional
A criação da polilaminina acompanha outros avanços médicos que vêm transformando a neurociência.
Enquanto muitos tratamentos ainda permanecem restritos a laboratórios, o medicamento brasileiro se destaca por apresentar resultados concretos em humanos em um período relativamente curto.
Assim, a polilaminina consolidou sua posição como uma descoberta relevante em escala mundial, já que as evidências clínicas foram publicadas em veículos de grande credibilidade.
O que o futuro reserva para a medicina?
Especialistas acreditam que a polilaminina poderá mudar os rumos da neurologia mundial, inaugurando uma nova era de tratamentos regenerativos.
Entretanto, o desafio consiste em garantir acesso amplo, regulamentação responsável e acompanhamento científico rigoroso, para que a descoberta se torne uma solução duradoura.
O medicamento, fruto de pesquisas em universidades públicas brasileiras, confirma que a ciência nacional pode ocupar a linha de frente das grandes revoluções médicas.
E você, acredita que esse avanço conseguirá transformar definitivamente o tratamento de lesões medulares no mundo?