Com foco na redução da pegada de carbono da mineração nacional — de olho na competitividade futura da produção, Chile traça meta ambiciosa: produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo em dez anos
A associação H2 Chile assegura que o país está no caminho certo para cumprir a primeira meta de atingir 5 GW de capacidade de eletrólise em desenvolvimento até 2025 e, se continuar com esses sinais, até 2050 a exportação dessa energia explicaria mais de 10% do PIB. No âmbito da COP26, destaca-se a relevância do hidrogênio verde como vetor para descarbonizar diferentes setores produtivos e de serviços em todo o mundo.
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“Nosso objetivo é ter 5 GW de capacidade de eletrólise em desenvolvimento até 2025, produzir o hidrogênio verde mais barato do planeta até 2030 e estar entre os três maiores exportadores até 2040”, afirma o ministro de Minas e Energia do Chile, Juan Carlos Jobet, em entrevista à epbr.
Governo do Chile vai investir 330 bilhões de dólares até 2050 em sua Estratégia Nacional de Hidrogênio Verde
O Governo do Chile, sabendo disso, lançou em novembro de 2020 sua Estratégia Nacional de Hidrogênio Verde que “exigirá um investimento acumulado de 330 bilhões de dólares até 2050” e que visa “que as exportações do Chile para outras economias excedam as exportações de cobre, além de 10% do PIB”,. Destaques para Andrea Moraga Paredes, Diretora Executiva H2 Chile e Diretora Executiva Da Continuous Soluciones SpA.
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Chile fornece detalhes sobre os projetos de hidrogênio verde (H2V) que estão sendo realizados no Chile e em que estado o país está para atingir suas metas de longo prazo, uma das quais visa produzir esse combustível a preços mais baratos do mercado em 2030: 1,3 dólares por quilo.
Em agosto deste ano, o portfólio de projetos de hidrogênio verde no Chile triplicou em relação a novembro de 2020, passando de 20 para 60 projetos.
Em setembro, começou a construção do projeto Haru Oni da HIF – o primeiro projeto verde de combustíveis eletrônicos
Deve-se notar que existem atualmente duas plantas produzindo moléculas de hidrogênio verde no Chile. O primeiro desde 2017: a solar fotovoltaica híbrida, baterias e usina de hidrogênio, da Enel Green Power e da Enap, localizadas na região de Antofagasta, este sistema Power-to-Power alimenta a exigência elétrica do campo de Cerro Pabellón.
A outra em agosto deste ano, com a inauguração da usina angloamericana, que consiste em um sistema de Energia de Mobilidade para alimentar guindastes de empilhadeira H2V em um local de mineração.
Em setembro deste ano, começou a construção do projeto Haru Oni da HIF, que é o primeiro projeto verde de combustíveis eletrônicos à base de hidrogênio no Chile, e está localizado na região de Magallanes. Este projeto reúne os setores público e privado, e entidades chilenas e estrangeiras.
O dono da fábrica é o chileno HIF, e conta com o apoio da Enap, da alemã Siemens e Porsche, da italiana Enel Green Power e da Gasco, entre outras empresas. A previsão é que esta usina comece a operar em 2022.
Outros grandes projetos de hidrogênio verde no Chile apoiados por gigantes globais como Engie e Enaex
Outro projeto que foi lançado em setembro deste ano é o projeto H2GN, promovido pela Gasvalpo e cujo parceiro tecnológico é o grupo Busso.
Esta iniciativa busca injetar hidrogênio verde nas redes de distribuição de gás natural que a empresa possui na Região de Coquimbo, substituindo até 20% do uso de gás natural, atingindo mais de 1.800 casas nas cidades de Coquimbo e La Serena. A previsão é que entre em operação no primeiro semestre de 2022.
Além disso, o projeto HyEx, liderado pelas empresas Engie e Enaex, na região de Antofagasta, que busca gerar amônia verde para explosivos localmente e para exportação, já entrou no sistema de avaliação por meio de uma Declaração de Impacto Ambiental (DIA) em setembro.
O projeto Hydra liderado pela CSIRO, Mining3, Engie e que tem financiamento corfo, também vem avançando na implantação do trem de carga, em escala piloto, para um caminhão CAEX, já está em fase de preparação dos testes de campo de operação do sistema em condições reais de operação.