Após apresentar alta no Ebitda, a CBA já planeja investir em seu projeto de bauxita, no Pará e retomar com o setor de produção de alumínio em São Paulo, com um investimento de R$ 2 bilhões em cada empreendimento
Após apresentar uma alta de 1.900% no Ebitda para R$ 397 milhões no segundo trimestre, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), já prepara novos investimentos para os próximos anos. Ao total a empresa aplicará R$ 4 bilhões até 2025 em um aumento de capacidade de produção de alumínio em sua unidade em São Paulo e também na exploração de bauxita no Pará.
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2 bilhões divididos entre São Paulo e Pará
De acordo com Ricardo Carvalho, presidente da CBA, os recursos serão divididos igualmente para cada segmento. O projeto de produção de bauxita, no município de Rondon do Pará (PA) ainda necessita de contratos de longo prazo ou um parceiro investidor para que se torne real.
Carvalho afirma que a companhia já possui todas as licenças prévias concedidas e já está na etapa de viabilização do projeto. O expectativa é definir como será esse projeto no Pará até o final de 2022. O executivo afirma que os que mais consomem do produto seria a China e outros países do Oriente médio.
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O projeto do Pará tem uma capacidade estimada de 18 milhões de toneladas de bauxita por ano e prevê atender a demanda desses mercados chegando a concorrer com os produtores de Guiné, na África.
CBA extraiu 2,11 milhões de toneladas de bauxita em 2019
De acordo com a Associação Brasileira de Alumínio (Abal), a produção de bauxita foi de aproximadamente 31 milhões de toneladas no Brasil em 2019. A CBA extraiu 2,11 milhões de toneladas desse volume. Carvalho afirma que a expectativa é que sejam produzidos 4,5 milhões de toneladas por ano na unidade do Pará, podendo ampliar a produção até que chegue nos 18 milhões.
O executivo também ressalta que os investimentos previstos são para todo o projeto de bauxita no Pará e considera o desenvolvimento da mina e a parte logística. Ele afirma que a companhia já está conversando com a VLI, que administra a ferrovia Carajás. Será construído um terminal no Porto de Itaqui, no Maranhão, para a exportação do material, entretanto, isso ainda está em análise.
R$ 2 bilhões de investimentos em Alumínio em São Paulo
Outra frente da CBA é a produção de alumínio, onde a empresa investirá outros R$ 2 bilhões na produção e reciclagem do material. O plano de produção de alumínio primário representa o retorno de capacidade do material no Brasil.
Segundo o executivo, a CBA ligará os fornos 1 e 3 de alumínio, em São Paulo e atualmente, conta com uma capacidade para produzir 350 mil toneladas anuais, mas com o investimento serão adicionados mais 80 mil toneladas na produção.
Essa capacidade deverá ocorrer, também até 2025, porém de forma escalonada. O executivo ressalta que a sala de Fornos 3 deve voltar a funcionar até o final do próximo ano. Vale lembrar também, que para retomar a produção de alumínio primário, a CBA deverá investir, na geração de energia renovável, onde a empresa gera 1,4 gigawatt e consome 700 megawatt.