GM deixará de produzir carros a combustão até 2040 para focar nos carros elétricos. Até lá, os preços dois tipos de veículo serão basicamente iguais, sendo assim, o consumidor buscará pela qualidade e autonomia e não pelo preço
Marina Willisch é integrante de um grupo de jovens líderes de enormes empresas no país. A diretora estudou na Alemanha e é formada em direito, atuando nas áreas jurídica, tributária e financeira, onde 15 anos foram na indústria automotiva. Marina ingressou na Mercedes-Benz do Brasil em 2003 e, dez anos depois, foi convidada pela GM para ser diretora tributária. De acordo com a jovem, daqui a alguns anos os carros elétricos e os carros a combustão poderão ser comprados pelo mesmo preço.
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General Motors enfrenta desafios na indústria automotiva em 2021
De acordo com Marina, 2021 foi um ano de superação, desafios e evolução para a GM. A continuidade da pandemia e a escassez de componentes para os carros a combustão foram um dos principais impasses. Entretanto, a empresa enfrentou esses desafios e prosseguiu.
Segundo a diretora, em relação à criação de tecnologias para o país, qualquer processo decisivo para trazer um investimento, inovação ou criação de um produto, é feito de forma colegiada. A General Motors ouve todas as áreas para que possa ser estudada a melhor forma de chegar ao resultado esperado. A nova Montana, por exemplo, é um produto excepcional. É um dos carros a combustão que vai agradar pessoas que carregam muitas coisas e possuem uma família grande.
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A diretora tributária da GM não pode fornecer mais detalhes para não dar “spoiler” do veículo. A marca Chevrolet é muito bem aceita pelo consumidor brasileiro e conta com uma engenharia forte. O Brasil possui uma grande capacidade humana, com gente bastante técnica, comprometida e especializada, o que dá à GM uma grande vantagem competitiva.
Meta global da GM pretende trazer mais carros elétricos ao mercado nacional
Em relação à chegada dos carros elétricos, Marina afirma que não arriscaria fazer previsões, entretanto, para a General Motors, os objetivos são: zero acidentes, congestionamentos e emissões. Isso é um plano global que está sendo posto em prática desde 2017 e do qual o Brasil faz parte.
“Em cinco anos, haverá carros elétricos com ótimos preços, que podem se comparar com os carros a combustão. A escolha será feita pelo tipo de produto, e não pelo preço. A tecnologia já existe, entretanto a produção em massa exige um investimento maior”, destaca a diretora.
É necessário mostrar os benefícios dos carros elétricos. A diretora tributária da GM afirma que já saiu com um Bolt que estava com 350 km de autonomia e chegou em casa com 370 km, e afirma que é necessário que o consumidor tenha esse tipo de experiência.
GM deixará de produzir carros a combustão para focar nos carros elétricos
Os carros a combustão perdurarão no país por muito tempo, e isso não é um problema. A empresa está melhorando a tecnologia desses motores. Com o programa federal voltado à inovação “Inovar Auto”, a GM reduziu as emissões de seus carros em 22%.
Com a nova fase do programa de redução de emissões PL7, que entrou em vigor este ano, antigiu-se 43% de melhoria média na eficiência energética. Seja como for, todas as montadoras do setor irão mudar para os carros elétricos.
OBS: Os dados coletados para produzir esta matéria foram retirados da série de entrevistas ‘Estadão Mobilidade Insights’, com líderes do setor