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Campo de Lula – o maior produtor de petróleo e gás natural do Brasil foi alterado ontem (14/09) para Tupi após determinação da ANP

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 15/09/2020 às 11:05
Petrobras: campo de petróleo Lula vira tupi
Petrobras informa que atendendo decisão judicial, todos os registros dos nomes referenciados como Lula serão alterados

Petrobras informa que atendendo decisão judicial, todos os registros dos nomes referenciados como “Lula” serão alterados

Petrobras informou ontem à noite em fato relevante que o campo Lula, o maior produtor de petróleo e gás natural do Brasil, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, passará a ser chamado de Tupi após determinação da ANP. Petrobras garante emprego de petroleiros até agosto de 2022

Leia noticias sobre a Petrobras, a indústria do petróleo e gás natural

A Petrobras informa que atendendo decisão judicial que determinou que a petroleira deveria rebatizar o ativo, todos os registros dos nomes referenciados como “Lula” serão alterados do seguinte modo: a) Sul de Tupi, contrato de cessão onerosa e; b) Tupi Leste, área não contratada e pertencente a União Federal, representada pela Pré-Sal Petróleo (PPSA).

A aprovação visa o cumprimento da decisão judicial de 7 de julho de 2020, em ação popular, que determinou a anulação da denominação da área de Tupi como campo de Lula, ocorrida em 2010.

O campo de Tupi está predominantemente localizado na concessão BM-S-11, a 230 km da costa do estado do Rio de Janeiro, e é operada pela Petrobras (65%), em parceria com a Shell Brasil Petróleo Ltda (25%) e a Petrogal Brasil S.A. (10%).

O campo de “Lula” agora rebatizado como Tupi, iniciou a produção do seu primeiro sistema definitivo em 2010, com a operação do Cidade de Angra do Reis, e é atualmente o maior campo produtor de petróleo e gás natural no país.

Entenda o caso

Em julho deste ano a Petrobras recebeu uma ordem judicial para mudar nome do campo de Lula, o caso teve origem em uma ação popular ajuizada pela advogada Karina Pichsenmeister Palma, sócia da banca Gama Advogados, de Porto Alegre.

Em 2015 a alegação da ação era que por mais que seja comum a nomeação de campos de petróleo utilizando se nomes de animais marinhos, a mudança na época tinha a clara intenção de homenagear o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A ação foi acatada pela Desembargadora Federal Marga Inge Barth Tessler, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que sentenciou o seguinte: comprovado, nos autos, que o ato administrativo que denominou o campo de petróleo (patrimônio público) de ‘Campo de Lula’ objetivava a promoção pessoal de pessoa viva (Presidente da República na época em que praticado o ato). Nesse contexto, deve ser anulado o ato, tendo em vista o vício/desvio na finalidade na prática do ato”.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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