O gerador de energia solar em formato de esfera criado pelo arquiteto alemão consiste em ajudar a melhorar a autonomia dos painéis solares ajudando os consumidores a dependerem menos das companhias de energia
O arquiteto alemão e fundador da Rawlemon, André Broessel, desenvolveu um projeto que consiste em uma esfera simétrica e transparente, que é capaz de aumentar em até 35% a eficiência de painéis fotovoltaicos. Projetada de forma bem parecida com a lógica de funcionamento de uma lupa, o novo gerador de energia solar em formato de esfera possui um efeito que auxilia na intensificação dos raios solares que a atravessam.
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Entenda o funcionamento do novo gerador em formato de esfera que auxilia na autonomia de painéis solares
Além da função de captar luz do sol de forma mais abrangente, a esfera também é capaz de concentrar a luz que é difundida do sol ou até mesmo da lua. Mesmo em dias nublados, o dispositivo consegue produzir cerca de quatro vezes mais energia em comparação a um sistema de energia solar fotovoltaico convencional.
O eixo duplo que há no gerador permite que seja incorporado um dispositivo de rastreamento óptico natural e rotacional, que é ideal para ser usado em superfícies naturalmente mais inclinadas.
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Deste modo, a luz do sol é captada em um polo e em seguida é refletida e ampliada em outro polo, fazendo a concentração dos raios solares em uma exclusiva e determinada área. Os pequenos painéis solares permitem captar o raio.
Gerador foi desenvolvido para ser uma estação carregadora de energia independente
Uma campanha da IndieGoGo foi essencial para que o projeto se tornasse possível. Ao longo da campanha, foi arrecadado em torno de R$ 1.266.215,00, de 1.228 contribuintes diferentes.
A esfera foi toda desenvolvida para ser uma estação carregadora de energia independente, justamente para ajudar as placas de energia solar fotovoltaicas no processo de captação da luz.
Sua estrutura geométrica foi estrategicamente pensada para o modelo, visando a melhora da eficiência energética dos captadores de energia. De acordo com o arquiteto da Rawlemon, quando feita a redução da área de célula de silício para 25% com a potência sendo equivalente e utilizando o concentrador de foco ponto de bola de ultra transmissão, a esfera pode operar em vários níveis de eficiência, sendo quase 57% em modo híbrido.
Arquiteto acreditava que a tecnologia poderia ajudar na substituição de chips semicondutores
No ano de 2013, o arquiteto Broessel foi finalista do Prêmio World Technology Network com o projeto da esfera. Recentemente, ele desenvolveu uma nova versão do globo, que concentra luz difusa.
Apesar de a tecnologia já ser conhecida, a ideia original do arquiteto era ajudar na substituição de chips – mesmo sem saber que anos mais tarde se instalaria no mundo uma crise de abastecimento desses chips – como forma de suprir o uso de semicondutores ou dispositivos tecnológicos de alto custo. Se tratando do design da esfera, sua forma circular permite que a mesma funcione no topo de qualquer prédio ou, até mesmo, em uma casa convencional.
Uma outra versão deste mesmo dispositivo está sendo desenvolvida para acoplar a esfera solar em janelas de prédios em centros comerciais. Com sua forma geométrica perfeita, a luz é concentrada em um ponto específico, tornando-a muito mais sustentável, pois a fonte proveniente do sol é muito mais eficiente, além de renovável.