As multinacionais Yamaha, Chevrolet, Volkswagen e Fiat tratam o ocorrido como uma suspensão, e não um encerramento definitivo da produção no Brasil
Após a saída da montadora Ford do Brasil, a crise global de suprimentos e a pandemia fizeram inúmeras fábricas de automóveis, como Chevrolet, Honda, Audi (Volkswagen), Scania, Volvo e Mercedes-Benz, Renault, Nissan e Fiat suspenderem produção de veículos. O ocorrido chegou, também, até a montadora Yamaha e a indústria automotiva do país pode entrar em colapso.
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A Yamaha decedidiu suspender as atividades em algumas de suas linhas de produção de motocicletas, no período de 03 a 12 de maio, por causa da situação adversa, na cadeia de suprimentos, decorrente da crise de abastecimento causada pelos efeitos da pandemia do coronavírus, visando ajustar o fluxo do recebimento de insumos.
Com a medida adotada pela empresa, os funcionários pertencentes às linhas afetadas pela paralização estarão em férias coletivas.
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Não só a Yamaha, mas a sua concorrente Honda também suspendeu fabricação de motocicletas
De acordo com a empresa, permanecerão em plena atividade durante esse período a produção de motores de popa, bem como as demais atividades operacionais da Yamaha Motor da Amazônia, Yamaha Motor Componentes da Amazônia e da Yamaha Logística .
A Moto Honda da Amazônia também informou a parada temporária de sua linha de produção no início do ano. As atividades também foram suspensas na época, em virtude dos impactos da covid-19 nas cadeias de suprimento, que geram indisponibilidade de insumos para a produção, e o agravamento da pandemia.
Fiat e Chevrolet também enfrentaram problemas com a escassez de componentes
A fábrica da Fiat, em Betim, interrompeu o segundo turno de produção devido à falta de insumos, levando 1900 funcionários a entrarem de férias pelo período inicial de 10 dias.
A Fiat não informou o volume de veículos que deixará de ser produzido, e nem os modelos mais impactados nesta paralisação. Em março, a montadora também precisou interromper a produção pelo mesmo motivo.
O mercado automotivo dá sinais que ainda enfrentará dificuldades para retomar o ritmo de vendas do período pré-pandemia e as fabricantes de automóveis têm mais motivos para ficarem bastante preocupadas.
A situação mais grave é da Chevrolet, que paralisou nos meses de abril e maio, com efeitos ainda em junho, a produção na planta de Gravataí (RS), onde se produz o Chevrolet Onix, devido ao impacto do coronavírus na cadeia de suprimentos.
Fiat e Chevrolet enfrentam problemas semelhantes devido à escassez da oferta de componentes disponíveis no mercado global. As indústrias que dependem de matérias-primas para fabricarem seus produtos não conseguem mais dar conta de produzir suas mercadorias em quantidade suficiente.
O consumidor também acabará pagando essa conta
De qualquer forma, nem precisa dizer que o consumidor também acabará pagando essa conta. No caso do Chevrolet Onix, por exemplo, há o risco da demanda do mercado superar, demasiadamente, a oferta disponível — em outras palavras, os preços tendem a aumentar.
Por enquanto, as demais fabricantes em atividade no Brasil ainda não indicaram o risco de paralisação, mas o Grupo Volkswagen já afirmou que sofrerá uma redução global na produção de 100 mil veículos nos primeiros meses deste ano, por conta da escassez de matérias-primas.