Após o Irã atacar bases militares dos EUA no Iraque, Petrobras e estatal saudita suspendem temporariamente o trânsito de navios pelo estreito de Ormuz, no Oriente Médio
Após o Irã atacar duas bases militares usadas pelos Estados Unidos no Iraque, Petrobras e a operadora estatal saudita de petroleiros Bahri suspenderam temporariamente o tráfego de navios pelo Estreito de Ormuz, no Oriente Médio. A tensão na região atingiu níveis elevados nos últimos dias. Um ataque feito pelos Estados Unidos, matou no Iraque o general Qassim Suleimani, considerado a segunda maior autoridade do Irã, na sexta-feira, 3 de dezembro.
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De acordo com o comunicado realizado nesta quarta-feira, pela agência de notícias do índice Dow Jones, da bolsa de valores de Nova York, a Petrobras proibiu o trânsito porque as tarifas diárias de transporte para petroleiros muito grandes no estreito aumentaram cerca de US$ 20 mil na noite desta terça,7, chegando a US$ 130 mil.
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Por meio de nota, a estatal brasileira informou ” A companhia avaliou o referido cenário e , em conjunto com a Marinha do Brasil, decidiu por evitar, no momento, pelo Estreito de Hormus”.
A Petrobras acrescenta “Tal mudança não trará qualquer impacto ao abastecimento de combustível no Brasil. Os desdobramentos locais seguem sendo monitorados e avaliados”.
Já a empresa saudita Bahri enviou uma nota aos clientes e corretores a que o “Wall Street Journal” teve acesso informa que aconselhou a não navegar pelo Estreito de Ormuz até as 16 horas do dia 8 de janeiro, no horário local (10h de Brasília).
Aproximadamente 20% do abastecimento mundial de petróleo atravessa o Estreito de Ormuz, entre o Golfo Pérsico e o Oceano Índico, e qualquer perturbação do tráfego de navios pode afetar os mercados.
Por volta das 9h de Brasília, o preço do barril de petróleo Brent, a referência na Europa, subia 0,49% em relação ao fechamento de ontem, para US$ 69,5. Ontem o preço passou dos US$ 70, chegando a US$ 71,75, após o anúncio do ataque.