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Ano novo, novos desafios: o que as empresas que trabalham com modelo híbrido terão que enfrentar e como fica o home office

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 23/12/2021 às 11:46
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Foto: reprodução google

Vice-presidentes de RH da Natura &Co e da PepsiCo contam como estão se preparando para o desafio do trabalho híbrido no ano que vem

Na era do trabalho híbrido e do home office, os escritórios ganharam uma nova função, e quem explica é o vice-presidente de recursos humanos da PepsiCo, Fabio Barbagli, com o mantra da empresa: “O escritório continua super relevante, mas muda seu propósito. Agora são os 4Cs: colaboração, criação, conexão e celebração”, explica. 

Veja ainda:

De acordo com a consultoria de gestão de riscos corporativos AON, a pandemia levou 73,3% das empresas a implementarem políticas de trabalho remoto. Antes de 2020, 68,5% delas não tinham o modelo do home Office em seu dia a dia. Para 2022, o teste de fogo para o modelo híbrido será destaque entre as empresas. Mesmo que tenha se mostrado mais complexo, a atual meta das empresas é manter os ganhos do trabalho remoto e continuar desvendando a melhor maneira de seguir com o modelo híbrido.

Com a reforma do escritório da PepsiCo em São Paulo, o espaço do café que antes era secundário, ganhou destaque se tornando um espaço nobre. “Se você antes passava rápido para pegar um café e depois voltava pra responder um e-mail na sua mesa, agora descobrimos que o local é muito mais importante que isso. No futuro, queremos que o espaço mais nobre seja o café”, afirma Barbagli.

Com mais de 12 mil funcionários no Brasil, somente 10% deles trabalham na parte administrativa e usam o escritório da PepsiCo. Para esses, o modelo será híbrido flexível, e se inicia em 2022.  

Na pesquisa da consultoria Think Work Lab, com cerca de 70 empresas no Brasil sobre esse modelo de trabalho, os RHs apresentaram indecisão sobre dois pontos importantíssimos e mais burocráticos que apaziguam a opinião daqueles que preferem trabalhar de maneira híbrida.

Dentre aqueles que responderam a pesquisa, 24% disseram que ainda não têm clareza sobre mudança de contrato ou que grupos seriam contemplados. E 25% ainda não definiram como será a gestão de benefícios do híbrido.

 “Diria que a grande barreira é a legislação trabalhista. Não é uma questão de decisão de custos, estamos dispostos a absorver um custo maior. A dificuldade maior é trabalhista”, declara o VP da PepsiCo sobre as incertezas que ainda o preocupam.

Conforme a legislação trabalhista de 2018, até dois dias de trabalho em casa são considerados a forma tradicional de contrato. Passado disso, o modelo passa a ser teletrabalho, ou híbrido, visto que o funcionário encontra-se fora do escritório por mais dias. E, esse fato, muda a forma como o contrato deve ser administrado.

A nova realidade híbrida

A nova realidade que as empresas vão enfrentar com o modelo híbrido ainda é complexa. Mesmo as companhias que se prepararam durante os quase dois anos de pandemia, como a Natura & Co, que estabeleceu um grupo multidisciplinar para estudar o novo modelo de trabalho para o pós-pandemia, ainda prefere adaptar o modelo conforme se fizer necessário, sem que seja totalmente estabelecido de forma prévia.

Com o “novo normal”, três formas de trabalho vão ter que coexistir em empresas como o Google e a Embraer: o totalmente presencial, o híbrido (com proporções diferentes de dias no escritório e flexibilidade) e também o 100% remoto. 

“Não dá para voltar e nem começar nada do zero. Você pega o que aprendeu até agora, inclui [na cultura] e transcende. Dá mais um passo. É nesse sentido que a gente vai trabalhar”, afirma o vice-presidente da Natura, Flavio Pesiguelo, sobre os novos desafios que a empresa terá que enfrentar.

Acima de mudanças estruturais e tecnológicas, como a renovação de escritórios, Flavio acredita que o híbrido irá alterar de vez no manual de liderança das empresas.

Assim como o uso do escritório será guiado pelos 4C’s da PepsiCo, ele dá suas palavras de guia da liderança do futuro: orientar, desenvolver e empoderar. 

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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