Companhia suíça reforça aposta no mercado brasileiro, que é o terceiro maior do mundo, com foco em expansão de produção e novos modelos de negócio como as franquias.
A Nestlé anunciou um novo e robusto ciclo de investimento no Brasil. A companhia vai destinar R$ 7 bilhões ao país entre 2025 e 2028. O valor representa um aumento em relação ao ciclo anterior, que totalizou R$ 6,3 bilhões. A decisão reforça a importância estratégica do mercado brasileiro, o terceiro maior da Nestlé no mundo.
Um novo ciclo de investimento para o terceiro maior mercado da Nestlé
O Brasil se consolida como uma peça fundamental para a Nestlé. O país é o terceiro maior mercado global da companhia, superado apenas por Estados Unidos e China. No ano passado, o faturamento aqui atingiu cerca de 4 bilhões de francos suíços, aproximadamente US$ 5 bilhões.
Segundo o presidente-executivo da Nestlé no Brasil, Marcelo Melchior, o ciclo de investimentos anterior foi bem-sucedido. “Praticamente todos os negócios tiveram um retorno dos investimentos de acordo com o plano inicial”, afirmou.
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Ele explica que a nova fase de aportes será mais diversificada. Os recursos serão aplicados em áreas como tecnologia da informação, desenvolvimento de produtos e novas linhas de produção.
De ração animal a chocolates
Um dos destaques do plano anterior foi a construção da segunda fábrica de ração para animais de estimação do grupo. Localizada em Vargeão (SC), a unidade recebeu R$ 2,5 bilhões e tem inauguração prevista para agosto.
A fábrica servirá como plataforma de exportação para a América Latina, Estados Unidos e Europa. Sua localização estratégica permite o uso de matéria-prima fresca, otimizando custos logísticos.
Agora, os novos investimentos seguirão expandindo a capacidade produtiva. A fábrica de Vila Velha (ES) será ampliada com novas linhas de chocolates, bombons e “chocobiscuits”.
O potencial inexplorado das franquias
Uma parte crucial do novo investimento é a entrada em um território inédito para o grupo: o modelo de franquias, impulsionado pela aquisição da CRM, controladora da Kopenhagen. Marcelo Melchior afirma que a empresa está aprendendo com a rede de 520 franqueados:
“É um ‘know how’ bem diferente do nosso”. O potencial desse modelo é visto como uma “avenida nova de crescimento” onde “o céu é o limite”, segundo o executivo. Ele citou a Nespresso como uma marca que poderia, eventualmente, adotar o sistema, que é muito consolidado e maduro no Brasil.
Investimentos estratégicos em café, fórmulas infantis e tecnologia
O novo ciclo de investimento no Brasil já tem destinos definidos. Mais de R$ 500 milhões serão aplicados em negócios de café até 2028. Os planos incluem a expansão da fábrica de cápsulas Dolce Gusto em Montes Claros (MG) e uma nova linha de extração de café solúvel em Araras (SP).
A empresa também vai ampliar o parque de máquinas de bebidas da Nestlé Professional. O objetivo é alcançar 30 mil máquinas até o final de 2025. Adicionalmente, a fábrica de Ituiutaba (MG) receberá novos aportes para a produção de fórmulas infantis.
“Nosso foco está no fortalecimento do ‘core’, na ‘premiunização’ de categorias e na aceleração de marcas com alto potencial”, concluiu Melchior.
Com informações de CNN Brasil.