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A maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, quer instalar fábrica de turbinas eólicas offshore no Ceará e muitos empregos serão gerados no estado

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 08/11/2021 às 09:17
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Trabalhadores em fábrica de turbinas eólicas / Imagem Google

Energia eólica: de olho no mercado eólico offshore, dinamarquesa Vestas, a maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, detalhou medidas necessárias para a implantação de fábrica no Ceará

Boas notícias para o Ceará! Estado entra mais uma vez na mira da Vestas, a maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, anuncia interesse em construir uma segunda planta industrial no Estado e muitos empregos estão por vir. A boa notícia foi dada na última sexta-feira (05/11) ao Secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado, Maia Júnior.

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A dinamarquesa avalia com o secretário as condições necessárias para que o grupo, já experiente no setor offshore, entre nesse mercado no País.

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, prometeu entregar a regulamentação da produção offshore no Brasil, até o fim de 2021

Apesar da boa vontade e do interesse de ambas as partes, o caminho até lá, ainda é longo. E conforme apontado pelos executivos à comitiva cearense, o próximo passo é a regulamentação da produção offshore no Brasil, que o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, prometeu entregar até o fim de 2021.

“Essa é uma expectativa do mercado, dos estados e dos investidores que o Governo Federal a publique até 31 de dezembro”, aponta o secretário.

Segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado, Maia Júnior, a regulamentação, seguida pelo lançamento de leilões de compra de energia provenientes da produção offshore, são a estrutura inicial necessária para o mercado se estabelecer no Brasil.

“Daí, parte-se para a implantação de projetos de fabricação de estruturas e componentes da cadeia de offshore e logo depois, a indústria, com os projetos de produção de energia”.

Ceará precisa trabalhar fortemente a infraestrutura portuária para garantir a capacidade de movimentar os equipamentos da cadeia offshore

Diferentemente do onshore, devido ao tamanho gigantesco das pás, torres e turbinas, os agentes econômicos do Ceará vão precisar trabalhar fortemente a infraestrutura portuária do Estado para garantir a capacidade de movimentar os equipamentos da cadeia offshore.

Para isso, representantes do governo do Ceará articulam visitas de equipes técnicas do Porto do Pecém e do Porto de Roterdã ao porto de Esbjerg, na Dinamarca, referência para o nicho offshore.

Vestas precisa de pelo menos sete anos para inciar a produção de turbinas eólicas offshore e gerar empregos no Ceará

De acordo com a maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, mesmo que a regulamentação offshore já existisse no Brasil, ainda seriam necessários cerca de sete anos para dar início à produção. “Tem que ter tempo, desenvolvimento, antes de as coisas acontecerem. Trabalhamos hoje aqui o que pode acontecer no Ceará nos próximos sete anos”, destaca Maia.

Apesar de toda articulação para atrair a construção da segunda planta industrial de turbinas eolicas, no Ceará, ainda não é certo.

“Eles têm todo o interesse em continuar a parceria, não posso garantir que (a planta será construída no) Ceará, porque ainda tem muito caminho para a gente prosseguir. Mas colocamos muitas discussões sobre as condições para eles poderem finalizar os estudos e (identificar) o momento certo para uma segunda planta industrial no Ceará”.

Vestas que já tem há mais de cinco anos, uma fábrica em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), disse estar bastante satisfeita com o desempenho do mercado na região.

A maior fabricante de turbinas eólicas do mundo já está com toda sua produção completamente vendida até 2023

A reportagem do diariodonordeste apurou que até metade do ano de 2023, a produção da fábrica da Vestas em Fortaleza, já foi completamente vendida (e produção a pleno vapor, em três turnos).

Além do secretário Maia, formam a comitiva cearense Roseane Medeiros, secretária executiva para a Indústria da Sedet e o advogado Bernardo Viana, Diretor Setorial de Regulação do Sindicato das Indústrias de Energia do Ceará (Sindienergia-CE).

A reunião que incluiu entidades públicas, empresas e fundos de investimento na Dinamarca, foi articulada pela Embaixada do Brasil em Copenhague.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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