LG, a maior companhia de eletroeletrônicos do mundo, encerra produção e fecha sua fábrica em SP, deixando cerca de 1000 trabalhadores sem emprego
Depois da Ford, outra grande multinacional está fechando as portas em SP. Após anunciar que abandonou a produção de celulares, em todos os países do mundo, alegando prejuízos acumulados da ordem de US$ 4,1 bilhões , a gigante multinacional coreana LG, também vai encerrar sua produção de notebooks e monitores em sua fábrica de Taubaté deixando quase mil trabalhadores sem emprego em SP.
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O anúncio aconteceu na última terça-feira (06/04). A LG disse que vai transferir suas linhas de produção para Manaus. Restaria na cidade paulista apenas a operação de call center da coreana. Com isso, o sindicato dos metalúrgicos estima a demissão de 700 dos atuais 1.000 funcionários da LG na região.
“A empresa fará a transferência da produção de notebooks, monitores e all in one para sua unidade de Manaus, de modo que fortaleceremos nossa competitividade comercial em TV, PCs e monitores”, disse a LG em nota. A companhia disse ainda negociar com o sindicato de Taubaté para “implementar compensação adicional aos direitos já vigentes” aos dispensados.
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A transferência ocorre em razão de isenções fiscais que a LG tem na Zona Franca de Manaus
Ao sindicato de Taubaté, a empresa afirmou que a decisão foi tomada em função de ter benefícios fiscais no Amazonas e não dispor das mesmas isenções em São Paulo. A entidade terá novas reuniões com a LG até sexta-feira, e busca reverter a decisão.
“A decisão de transferir os notebooks e os monitores para o Amazonas foi tomada, segundo a empresa, depois que o governo de São Paulo decidiu não renovar a isenção de ICMS para o setor. A empresa diz que conversou com o governo (estadual), mas não teve jeito. Aproximadamente 700 seriam demitidos”, diz o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Taubaté, Cláudio Batista.
Há intenção de readequar a fábrica na cidade para produção de produtos de linha branca – mas isso depende do fim da pandemia e da obtenção de incentivos fiscais junto ao governo paulista, disseram representantes da LG aos interlocutores do sindicato dos trabalhadores.
A LG negocia com o sindicado uma rescisão contratual e a transferência alguns trabalhadores de São Paulo para o Amazonas. Novas reuniões acontecem amanhã, 9 de abril.
O fechamento de mais de mil vagas de emprego, com a desativação da fábrica da LG, se soma à paralisação nas montadoras de automóveis. Levantamento realizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), revela que 29 das 58 fábricas de veículos instaladas no país estão paradas.
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