Montante captado pelo BDMG visa promover a diversificação da matriz energética em Minas Gerais a partir do aumento dos investimentos em energia solar
Foi divulgado nesta quinta-feira (dia 5), pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que o estado de Minas Gerais irá obter crédito de R$ 405 milhões para investimentos em seu campo de energia solar. O dinheiro foi recolhido pelo BDMG, em conjunto com o Banco Europeu de Investimento, e objetiva possibilitar novos investimentos para o território mineiro, assim como a geração de mais empregos e renda para a sua população.
O recurso foi também dedicado a incentivar o desenvolvimento de oportunidades de negócios para empreendedores e a aumentar o alcance à energia solar para os consumidores, seja ela destinada a uso residencial, comercial, industrial ou agrícola. As companhias com interesse em acessar a verba devem passar por uma análise de crédito realizada pelo banco, seguindo parâmetros técnicos de mercado.
Os empresários interessados já podem acessar as linhas de crédito através do site do BDMG.
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Conforme comunicou o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, Marcelo Bonfim, o capital disponibilizado pela instituição irá assegurar uma maior inserção da energia solar no estado de Minas Gerais, além de garantir o abastecimento elétrico da população.
Bonfim mencionou também que, em 2022, o banco já investiu em média R$ 80 milhões em projetos de eficiência energética e produção de energia limpa. Segundo ele, a instituição continuará a identificar caminhos para diversificação da matriz energética estadual, dando impulso ao crescimento regional em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Presidente da Absolar destaca atuação do estado de Minas Gerais na geração de energia solar
Além do mais, Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar, salientou que a produção própria de energia solar já conduziu a Minas Gerais, desde 2012, mais de R$ 8,8 bilhões em novos investimentos, o que acarretou a geração de mais de 50,6 mil empregos e possibilitou a arrecadação de mais de R$ 1,8 bilhão aos cofres públicos.
Sauaia adicionou, ainda, que Minas Gerais, líder em produção de energia solar de médio e pequeno portes, é responsável por 16,8% de toda a potência instalada de energia solar na modalidade, tendo cerca de 1,7 gigawatts (GW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
De acordo com o presidente da Absolar, o estado de Minas Gerais apresenta 148.717 conexões operacionais, distribuídas por 850 cidades, o que representa 99,6% dos 853 municípios mineiros. Sauaia acrescentou, finalmente, que, nos dias atuais, 198.854 consumidores de energia elétrica já contam com diminuição na conta de luz, maior autonomia e mais confiabilidade elétrica.
Para o coordenador estadual da Absolar em Minas Gerais, Bruno Catta Preta, a ampliação da energia solar no Brasil, por intermédio de grandes usinas e pela produção própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é essencial para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do país.
Bruno Catta Preta defende a diversificação da matriz energética brasileira, que é muito dependente de recursos hídricos
Consoante Catta Preta, a diversificação da matriz energética a partir de fontes renováveis também colabora para variação do suprimento de energia elétrica do país, de modo a reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e a probabilidade de ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
Por fim, o coordenador completou que Minas Gerais é, hoje, um importante centro de desenvolvimento de energia solar e que a tecnologia fotovoltaica apresenta um enorme potencial de ampliação de empregos e renda, atração de investimentos privados e de suporte à sustentabilidade e ao combate às mudanças climáticas.