O setor primário, com destaque para a agricultura e as atividades extrativas, tem se mostrado nos últimos anos como a força motriz da economia catarinense.
Os números do desempenho da agropecuária e do agronegócio de Santa Catarina são expressivos, resultado do empenho dos produtores rurais, das agroindústrias, dos centros de pesquisa, das entidades representativas e da administração pública. A contribuição que o setor dá à economia ganha expressão no comportamento do Valor da Produção Agropecuária (VPA) e nas exportações do agronegócio estadual.
O VPA catarinense de 2021 alcançou 55,8 bilhões de reais – o maior valor histórico – superando nominalmente em 36,4% o recorde anterior (de 40,9 bilhões de reais) obtido em 2020, de acordo com a apuração realizada pelo Instituto Cepa. A produção de suínos, frangos, leite e bovinos somou 56,7% do Valor Adicionado Bruto (VAB) estadual em 2021.
As exportações do agronegócio catarinense também alcançaram um recorde de 6,9 bilhões de dólares no ano, representando um aumento de 21% em relação ao ano anterior. É relevante mencionar que o agronegócio responde por 70% do valor total das exportações e por 31% do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense.
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A Agroindústria, principal segmento do Agronegócio Barriga-Verde, é responsável por 60 mil empregos diretos e 480 mil empregos indiretos. Além disso, conta com uma base produtiva formada por 66 mil produtores rurais integrados. O produtor rural é o principal agente econômico do setor rural, pois é a base de todas as cadeias produtivas. Ele é dedicado especialmente às atividades agrícolas e pecuárias e tem se transformado em um empresário rural, colocando em prática a lei da economia que diz que a riqueza original vem da terra.
No âmbito das cadeias produtivas, a suinocultura industrial tem sido um destaque no reconhecimento internacional. Com uma produção anual de 9 milhões de cabeças e abates diários de 34 mil suínos, é a maior produtora e exportadora do Brasil, sendo que 57% das exportações brasileiras são embarcadas em Santa Catarina.
A Avicultura Industrial é um setor altamente produtivo, com uma produção anual que excede 1 bilhão de aves e 4 milhões de cabeças abatidas diariamente. Com essa produção em níveis elevados, o estado tornou-se o segundo maior produtor de carne de aves no Brasil e o primeiro exportador, respondendo por 28% das exportações brasileiras.
Estes avanços são resultado, em grande parte, dos intensos e constantes investimentos das agroindústrias, cooperativas e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Com isso, foi possível ampliar o conhecimento, incorporar tecnologia, aperfeiçoar processos, aumentar produtividade e produção. O treinamento, a qualificação e a requalificação foram além da mera formação profissional rural. Por essas medidas, os produtores rurais tornaram-se empreendedores e as propriedades rurais em empresas prontas para enfrentar os desafios do mercado.
Secretário da Agricultura Valdir Colatto fala dos planos para a agricultura catarinense
A indústria a céu aberto enfrenta desafios cotidianos como intempéries, ameaças sanitárias, crises mercadológicas, conflitos internacionais, escassez de insumos, choques cambiais e instabilidades políticas.
Para superar esses obstáculos, a capacitação é fundamental para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos necessários para lidar com tais situações. Além disso, informação e formação adequada são fundamentais para alcançar o sucesso em meio às adversidades do dia a dia.
O papel do produtor catarinense na dimensão ambiental tem sido reconhecido como um protetor dos recursos naturais. A proteção desses recursos e sua utilização racional e sustentável são fundamentais para garantir a continuidade da atividade. O agricultor de hoje deixou para trás os métodos predatórios, passando a ser um gestor de fatores produtivos orientado para resultados, mas responsável.
O setor rural exerce uma extraordinária contribuição para o desenvolvimento dos municípios e das comunidades em que atua. O movimento econômico de um município é influenciado diretamente pelas notas fiscais rurais emitidas a partir da venda da produção originada do campo, das lavouras e dos criatórios. Em muitos municípios catarinenses, o setor rural fornece a maior parte da receita anual do erário público. Por exemplo: um aviário gera mais retorno de ICMS do que uma pequena empresa urbana.
Na agricultura estável e evoluída, como a praticada em Santa Catarina, o desmatamento, a poluição de rios e a degradação dos solos são problemas superados. Graças à assistência do serviço de extensão rural do Governo e das agroindústrias, bem como aos esforços contínuos de capacitação pelo Sistema S (Senar, Sescoop e Sebrae), surge uma geração de produtores-empreendedores preparados para os novos tempos.
É inegável que a modernização e o aperfeiçoamento do setor agroindustrial em Santa Catarina têm sido resultado da colaboração entre produtores e agroindústrias, com vistas a atender às rigorosas demandas do mercado internacional.
O Brasil tem conseguido ganhar prestígio em todo o mundo pela qualidade de seus produtos, bem como pelo cumprimento dos requisitos ambientais, de bem-estar animal, de combate ao trabalho infantil e às condições degradantes de trabalho, que são exigidos por tratados internacionais assinados pelo país.