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27 mil trabalhadores foram demitidos pela indústria naval fluminense

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 17/01/2020 às 10:10

A indústria naval fluminense e o recuo explendoroso que teve início em 2014 e hoje, conta com apenas 3 mil trabalhadores

O caso da indústria naval fluminense chama atenção para o recuo industrial brasileiro e suas consequências. No fim de 2014, o setor empregava 30 mil trabalhadores no Estado. Atualmente, são cerca de 3 mil.

Os 27 mil empregos perdidos se foram com estaleiros fechados ou quase parados, segundo Sergio Bacci, vice-presidente do Sinaval, entidade que representa a indústria naval. As unidades em funcionamento estão sem obras, dedicadas ao estacionamento de embarcações ou cuidam de pequenos reparos e manutenção.

No final de 2015, o Estaleiro Ilha S.A. (Eisa) demitiu 3 mil funcionários, fechou e pediu recuperação judicial. Segundo Rogério de Carvalho da Silva Sobrinho, hoje com 39 anos, trabalhava no estaleiro Eisa desde 2008. Foi demitido com a maioria dos colegas, em dezembro daquele ano. Em uma sexta-feira, já de manhã, a “rádio peão” anunciava o corte de pessoal. Na segunda-feira seguinte, alarmados, “os funcionários do dia pararam de trabalhar e foram tomar satisfação com as chefias”, contou Carvalho. A “satisfação” foi prestada com a confirmação das demissões.

Em 2014, o Eisa começou a ter problemas financeiros. Houve atrasos nos salários, mas um empréstimo de US$ 120 milhões, em agosto daquele ano, garantiu alguma sobrevida. Com idas e vindas, a agonia prosseguiu por 2015, quando a economia já afundava na recessão. Foi quando o estaleiro entrou para a estatística de indústrias fechadas no Brasil.

Em crises como a que atinge a indústria brasileira há muitas versões para o fechamento de fábricas. Há companhias que, sem condições de manter uma ou todas as suas plantas quase paradas, optam por fechá-las de vez. Há os casos de falência definitiva, com capacidade produtiva e empregos destruídos. Também fala-se em revisões de estratégia.

Fonte: Estadão

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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