A indústria naval fluminense e o recuo explendoroso que teve início em 2014 e hoje, conta com apenas 3 mil trabalhadores
O caso da indústria naval fluminense chama atenção para o recuo industrial brasileiro e suas consequências. No fim de 2014, o setor empregava 30 mil trabalhadores no Estado. Atualmente, são cerca de 3 mil.
- Vagas de emprego em Macaé para atender projeto da líder global Wood hoje, 17 de janeiro
- Aprovada resoluções que aprimoram a qualidade da gasolina brasileira
- Produtora de aço a Ternium Brasil está com vagas de emprego para o Rio de Janeiro
Os 27 mil empregos perdidos se foram com estaleiros fechados ou quase parados, segundo Sergio Bacci, vice-presidente do Sinaval, entidade que representa a indústria naval. As unidades em funcionamento estão sem obras, dedicadas ao estacionamento de embarcações ou cuidam de pequenos reparos e manutenção.
- Você sabia? Lei proíbe transporte remunerado de passageiros em MOTOS e pode render MULTAS de R$ 4 mil!
- Carrefour e Atacadão sofrerão boicote no Brasil? Governador propõe retaliação comercial ao Carrefour após declarações sobre carne do Mercosul
- De olho em uma fatia de mercado de quase 2 Bilhões, Brasil espera exportar novo cereal para a China em 2025; turbinando ainda mais o agronegócio nos estados de Goiás, MG, MT e BA
- Caos no aeroporto em Londres: evacuação emergencial em Gatwick trava voos e deixa milhares de passageiros no frio
No final de 2015, o Estaleiro Ilha S.A. (Eisa) demitiu 3 mil funcionários, fechou e pediu recuperação judicial. Segundo Rogério de Carvalho da Silva Sobrinho, hoje com 39 anos, trabalhava no estaleiro Eisa desde 2008. Foi demitido com a maioria dos colegas, em dezembro daquele ano. Em uma sexta-feira, já de manhã, a “rádio peão” anunciava o corte de pessoal. Na segunda-feira seguinte, alarmados, “os funcionários do dia pararam de trabalhar e foram tomar satisfação com as chefias”, contou Carvalho. A “satisfação” foi prestada com a confirmação das demissões.
Em 2014, o Eisa começou a ter problemas financeiros. Houve atrasos nos salários, mas um empréstimo de US$ 120 milhões, em agosto daquele ano, garantiu alguma sobrevida. Com idas e vindas, a agonia prosseguiu por 2015, quando a economia já afundava na recessão. Foi quando o estaleiro entrou para a estatística de indústrias fechadas no Brasil.
Em crises como a que atinge a indústria brasileira há muitas versões para o fechamento de fábricas. Há companhias que, sem condições de manter uma ou todas as suas plantas quase paradas, optam por fechá-las de vez. Há os casos de falência definitiva, com capacidade produtiva e empregos destruídos. Também fala-se em revisões de estratégia.
Fonte: Estadão