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Variação do carvão é maior que a do petróleo, chegando a 103,64% em apenas um ano: o que esperar da crise energética e como isso impacta na economia? Venezuela é a única que pode controlar a inflação mundial do setor a curto prazo

Escrito por Daiane Souza
Publicado em 09/06/2022 às 09:42
Variação do carvão é maior que do petróleo, chegando a 103,64% em apenas um ano: o que esperar da crise energética e como isso impacta na economia? - Pixaby
Variação do carvão é maior que do petróleo, chegando a 103,64% em apenas um ano: o que esperar da crise energética e como isso impacta na economia? – Pixaby

Preços elevam a crise energética mundial e flertam com inflações em dois dígitos. 

De acordo com os dados revelados pelo Investing durante esta quinta-feira, 09 de junho, a variação que o carvão sofreu está maior que a do petróleo durante as últimas 52 semanas, o mineral já possui alta acima de 103%. Ou seja, teria dobrado de preço em apenas um ano, enquanto isso, o petróleo Brent tem o seu acumulado de 65% e impacta diretamente no valor do diesel e da gasolina.  De acordo com uma pesquisa levantada pelo Fundo Monetário Internacional, o FMI, é estimado que o fim do uso de carvão para a geração de energia poderá fazer com que a escala mundial saia da crise energética e tenha uma economia, até o final deste século, acima de U$ 70 bilhões. 

No entanto, muitos países estão relutantes quanto à transição energética, mesmo que os preços do carvão e do petróleo estejam elevados. Uma prova disso é o governo colombiano: a extração destas duas matérias primas é o equivalente a mais de 8% do valor do Produto Interno Bruto (PIB). Entretanto, o candidato para a presidência colombiana, que recebeu 40% de todas as intenções de votos durante o último final de semana, o Petro, afirma ser contra a exportação e defende o uso de fontes renováveis para que consigam alcançar as metas climáticas até o ano de 2030. 

Economia: O que fez o valor das commodities disparar, principalmente o carvão e petróleo? 

Vídeo retirado do portal do Estadão fala mais sobre o que fez com que os preços ficassem elevados no mercado mundial, não sendo uma crise sofrida apenas pelo Brasil. 

A guerra que disparou entre a Rússia e a Ucrânia durante o final do mês de fevereiro fez com que o valor das commodities ficasse inflados. Inúmeros países que foram contra a decisão de Putin decretaram que cortariam as parcerias com os russos por irem “contra a democracia de permitir que os ucranianos fizessem parte de grupos militares como a Otan”. 

Com o valor do  petróleo Brent cotado U$ 123 nesta semana, muitos países começaram levantar a hipótese de quebrar o bloqueio que os Estados Unidos realizou sobre a Venezuela no governo de Trump. A Venezuela pode ser uma forma de controlar os preços do mercado global ao aumentar os estoques de barris de petróleo. De acordo com o declarado pela União Europeia durante esta semana, os venezuelanos poderão vender barris para a UE como forma de pagar a dívida externa criada durante as tensões ideológicas.

Biden já havia anunciado, durante o mês de março, de forma indireta, que poderia remover o bloqueio norte-americano sobre os venezuelanos como forma de comprar uma parte do petróleo comercializado pelo país. 

Já é claro que a exportação de petróleo vindo da Venezuela  poderia fazer com que os preços caíssem e a  inflação mundial fosse controlada. Isso acontece porque, quanto menos estoques houver no mercado, maior tende a ser o valor do produto, tendo em vista a sua procura elevada. Mas, se aumentar os estoques de petróleo, mesmo com alta demanda, o valor poderá ser controlado. 

Energia renovável vem sendo uma alternativa ao uso do carvão 

Tendo em vista o aumento de 103% em apenas um ano em cima do carvão, o uso de energia renovável, como a eólica e solar, pode ser uma alternativa para os países conseguirem manter a estabilidade energética sem que se tenha o uso do mineral. Entretanto, o investimento ainda é caro e ambas as commodities, o mineral e o Brent, fazem parte da economia de países em desenvolvimento, como o Brasil. 

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