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Vallourec e CBA avançam em autoprodução eólica com Casa dos Ventos: aposta em geração renovável, descarbonização e redução de custos de energia no Brasil

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 03/11/2025 às 17:41
Parque eólico com turbinas brancas em meio a uma paisagem verde sob céu azul com nuvens, representando energia renovável e sustentabilidade.
Foto: Vallourec e CBA avançam em autoprodução eólica com Casa dos Ventos: aposta em geração renovável, descarbonização e redução de custos de energia no Brasil
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Vallourec e CBA firmam parceria estratégica com a Casa dos Ventos para expandir a autoprodução de energia eólica no Brasil, impulsionando a geração renovável e a descarbonização industrial

Segundo uma matéria divulgada pelo site MegaWhat nesta segunda-feira, 3 de novembro de 2025, a Vallourec e a CBA anunciaram novos avanços em seus projetos de autoprodução de energia eólica, em parceria com a Casa dos Ventos, uma das maiores desenvolvedoras de projetos renováveis do país.

Parcerias fortalecem a autoprodução de energia eólica

A Vallourec celebrou um contrato de outorga com a Casa dos Ventos que prevê a opção de compra de ações do parque eólico Santa Clotilde, ainda em fase de desenvolvimento no Rio Grande do Norte. A operação está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), responsável por aprovar transações desse tipo no setor energético.

A CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), por sua vez, fechou acordos semelhantes com a Casa dos Ventos e a Auren Energia, em um investimento total de R$ 158 milhões, que já vinham sendo analisados há alguns meses, segundo informações do Infomoney.

Esse formato de autoprodução de energia tem crescido no país, permitindo que grandes consumidores industriais se tornem sócios de empreendimentos de geração elétrica, reduzindo custos e garantindo previsibilidade no fornecimento.

Energia eólica como vetor de descarbonização industrial

Para a Vallourec, empresa que fabrica tubos de aço e soluções industriais, o investimento em energia eólica representa um passo importante dentro da estratégia de descarbonização e sustentabilidade. A companhia destacou que a autoprodução contribui para reduzir a exposição à volatilidade do mercado e reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável.

A CBA também enfatizou que o acordo é fundamental para atingir suas metas ambientais. A empresa busca reduzir em até 40% o indicador de CO₂e na média dos produtos fundidos, considerando a mineração até o refino do alumínio. A energia de fonte renovável é peça central para alcançar esse objetivo.

O uso de geração renovável não é apenas uma questão ambiental, mas também econômica, destaca a CBA. Ao reduzir custos de longo prazo e eliminar intermediários, a autoprodução se mostra um modelo financeiramente atrativo para o setor industrial.

Geração renovável e os benefícios econômicos para o setor industrial

A aposta em geração renovável vai além dos benefícios ambientais. Para indústrias eletrointensivas, como siderurgia e metalurgia, o custo da eletricidade representa parcela relevante das despesas operacionais. Assim, investir em autoprodução é também uma decisão estratégica para garantir competitividade.

De acordo com estimativas da EPE, a autoprodução local de energia já representa cerca de 11,6% do consumo nacional em 2025, com projeção de crescimento constante até 2035. Esse modelo permite que empresas prevejam melhor seus custos e adotem práticas sustentáveis sem comprometer margens financeiras.

No caso da CBA, a energia obtida dos parques eólicos vai abastecer diretamente sua planta em Alumínio (SP), garantindo previsibilidade de preços e fortalecendo sua posição no mercado de alumínio sustentável — um produto cada vez mais valorizado por grandes compradores internacionais.

Desafios da autoprodução e do crescimento da energia eólica no Brasil

Apesar dos avanços, o modelo de autoprodução ainda enfrenta desafios. A tramitação de contratos junto a órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Cade, pode levar meses até a aprovação final. Além disso, a necessidade de infraestrutura de transmissão e integração à rede elétrica nacional ainda limita a expansão de novos projetos em algumas regiões.

Outro obstáculo está na disponibilidade de capital e financiamento. Embora a energia eólica tenha custo operacional baixo, a implantação inicial exige alto investimento. 

Mesmo assim, o país mantém uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, com 93% da geração proveniente de fontes renováveis, entre hidráulica, eólica, solar e biomassa. Essa característica torna o Brasil uma referência global em energia limpa e competitiva.

Impactos para o mercado e o futuro da energia no Brasil

O avanço de parcerias como a de Vallourec, CBA e Casa dos Ventos indica um movimento mais amplo de transformação estrutural no mercado elétrico. A tendência é que cada vez mais empresas industriais optem pela autoprodução eólica como forma de garantir segurança energética e reduzir custos operacionais.

Esse modelo também ajuda o país a diversificar sua matriz e a reduzir a dependência de hidrelétricas, especialmente em períodos de estiagem. Além disso, contribui para o cumprimento das metas climáticas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris, reforçando o papel do país como protagonista em energia limpa.

Em 2024, a energia eólica representou cerca de 14,3% da geração elétrica no país, com tendência de crescimento acelerado. Estados como Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia devem continuar liderando a expansão da energia gerada pela fonte eólica, atraindo novos investimentos e empregos no setor.

Energia eólica como estratégia de competitividade industrial

O movimento de Vallourec e CBA ilustra como a transição energética deixou de ser um tema restrito ao meio ambiental para se tornar um fator decisivo de competitividade industrial. Empresas que investem em geração renovável conquistam vantagens econômicas, reputacionais e operacionais no médio e longo prazo.

No contexto atual, em que o custo da energia e as exigências de sustentabilidade aumentam, adotar um modelo de autoprodução não é apenas uma escolha ambiental — é uma estratégia de negócios inteligente.

Parcerias como essa fortalecem a segurança energética nacional e mostram que o país caminha em direção a uma economia mais sustentável e competitiva, em linha com os padrões globais de descarbonização.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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