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Usina solar flutuante é instalada na fronteira entre Brasil e Paraguai

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 17/09/2025 às 08:31
Trabalhadores instalam painéis solares flutuantes sobre a água em um lago sob céu parcialmente nublado.
Técnicos realizam a instalação de usina solar flutuante em um lago, aproveitando energia limpa e sustentável.
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Descubra como a usina solar flutuante de Itaipu transforma energia renovável em inovação sustentável na fronteira entre Brasil e Paraguai.

A fronteira entre Brasil e Paraguai se tornou palco de um projeto inovador em energia renovável. Além disso, a usina solar flutuante, instalada no reservatório da usina hidrelétrica Itaipu Binacional, representa um passo importante na diversificação das fontes de geração de energia.

Consequentemente, contribui para a busca por soluções sustentáveis para o futuro. Dessa forma, este projeto histórico mostra avanços tecnológicos e evidencia a crescente preocupação com a eficiência energética e a preservação ambiental.

Desde sua inauguração em 1984, a Itaipu Binacional desempenha um papel central no fornecimento de eletricidade para os dois países. Por isso, a usina agora avança para uma nova etapa de inovação, combinando geração hidrelétrica com energia solar flutuante.

Historicamente, a região se destacou por projetos de grande porte, e, portanto, a inclusão de energia solar no reservatório demonstra a capacidade de integrar soluções modernas em um contexto consolidado.

O projeto da usina solar flutuante prevê inicialmente a instalação de 1.584 painéis solares de 705 watts cada, montados em 4.199 flutuadores espalhados pelo lago do reservatório. Além disso, a primeira fase já começou, com 132 painéis fixados na água.

A expectativa é que a usina funcione plenamente até o final do ano. Assim, esta instalação terá uma capacidade de 1 megawatt, suficiente para abastecer cerca de 650 residências, mostrando o potencial real da energia solar em corpos d’água.

Por outro lado, a Itaipu planeja expandir gradualmente a instalação, incorporando tecnologias e materiais mais eficientes. Como resultado, futuras etapas devem aumentar a produção de energia.

Dessa maneira, mais residências e empresas poderão receber eletricidade da energia solar flutuante. Esse tipo de projeto-piloto serve de referência para outras regiões do Brasil e do mundo.

Pioneirismo e integração tecnológica

Segundo o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, projetos como este são pioneiros no setor elétrico e desempenham papel estratégico na transição energética.

“Esta experiência nos ajuda a compreender como novas tecnologias podem complementar as operações da usina sem interferir em sua missão principal: gerar energia hidrelétrica de forma segura, confiável e sustentável”, afirmou. Assim, integrar uma usina solar flutuante com a infraestrutura existente permite testar soluções híbridas que outras regiões podem replicar.

Isso promove eficiência e menor impacto ambiental.

A escolha do reservatório de Itaipu não é casual. De fato, com uma superfície extensa, o lago oferece condições ideais para instalar painéis flutuantes que aproveitam áreas antes sem uso produtivo.

Historicamente, grandes reservatórios serviam apenas para geração hidrelétrica e abastecimento de água. No entanto, a energia solar flutuante transforma esses espaços em ativos energéticos multifuncionais.

Assim, aumenta a produção de eletricidade sem novas áreas de terra ou desmatamento.

Além disso, os painéis solares flutuantes apresentam vantagens sobre os sistemas tradicionais em terra. A água atua como resfriamento natural, aumentando a eficiência dos painéis.

Da mesma forma, eles reduzem a evaporação do reservatório, preservando um recurso vital em regiões com risco de escassez hídrica.

A preocupação com a gestão da água sempre foi crítica em projetos de grande porte. A energia solar flutuante oferece uma solução inovadora que une geração energética e conservação ambiental.

O uso de tecnologias inteligentes para monitoramento remoto permite identificar problemas rapidamente, garantindo produção contínua e eficiente.

Consequentemente, sensores registram temperatura, intensidade de luz e condições da água. Isso ajuda a maximizar o desempenho e reduzir custos de manutenção.

Essas inovações reforçam o caráter pioneiro da iniciativa e, portanto, oferecem aprendizado para futuros projetos.

Avaliação de desempenho e aprendizado

A experiência com a usina solar flutuante permitirá avaliar o desempenho da energia solar em ambientes aquáticos.

Segundo Rogério Meneghetti, superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, comparar a geração solar em água e em terra firme será fundamental para planejar a expansão da energia renovável na região.

Além disso, esse conhecimento poderá guiar políticas públicas e decisões empresariais. Mostra a importância de projetos-piloto para o desenvolvimento sustentável.

Historicamente, Itaipu sempre se destacou por sua capacidade instalada de 14.000 megawatts. Ela abastece cerca de 10% da demanda energética do Brasil e 86% da do Paraguai.

O projeto da usina solar flutuante inova dentro deste contexto de grande escala, mostrando como grandes sistemas consolidados podem evoluir e incorporar novas tecnologias sem comprometer sua função principal.

Como resultado, a combinação de hidrelétrica e solar flutuante exemplifica como o setor energético pode se reinventar diante das demandas atuais de sustentabilidade e eficiência.

A implementação da usina solar flutuante também proporciona aprendizado para engenheiros, técnicos e gestores. Eles estudam efeitos sobre o ecossistema aquático, durabilidade dos materiais e eficiência energética.

Dessa maneira, esses aprendizados ajudam a aprimorar projetos futuros, tornando o investimento em energia solar flutuante mais confiável e viável.

Potencial e expansão futura

O potencial do reservatório de Itaipu é impressionante. Cobrir apenas 10% de sua superfície com painéis solares flutuantes poderia gerar uma capacidade instalada de 14.000 megawatts, equivalente à hidrelétrica.

Por isso, o investimento em energia solar flutuante não só complementa a geração existente, mas também permite expandir significativamente a produção de energia renovável.

Essa visão estratégica acompanha tendências globais de transição energética, onde integrar múltiplas fontes renováveis é essencial.

Além disso, a usina solar flutuante contribui para o desenvolvimento de soluções inovadoras no setor. Integrar sistemas solares flutuantes à infraestrutura hidrelétrica cria modelos híbridos mais eficientes e menos impactantes.

Consequentemente, essa abordagem atende a países que querem expandir sua matriz energética renovável sem comprometer áreas terrestres ou recursos naturais. Isso oferece um caminho sustentável para crescimento econômico e ambiental.

A expansão futura também prevê integrar armazenamento de energia em baterias de grande porte. Isso permitirá utilizar a eletricidade gerada mesmo em períodos de baixa incidência solar.

Dessa forma, essa combinação aumenta a confiabilidade do fornecimento e torna a energia solar flutuante uma opção competitiva frente a fontes tradicionais.

Usina solar flutuante: Um marco histórico na energia renovável

A instalação de uma usina solar flutuante na fronteira entre Brasil e Paraguai marca um momento histórico. Ela mostra que inovação energética não se limita a novas construções, mas pode se aplicar em locais estratégicos e consolidados.

Portanto, projetos como este reforçam o papel do Brasil e do Paraguai como pioneiros na busca por soluções sustentáveis. Mostram que integrar tecnologia, eficiência e preservação ambiental é possível e necessário para o futuro.

Em suma, a usina solar flutuante no reservatório de Itaipu representa um avanço relevante na transição energética. Ela combina inovação tecnológica, sustentabilidade ambiental e aproveitamento eficiente de recursos.

Assim, o projeto histórico aumenta a capacidade de geração elétrica e serve de referência para futuras iniciativas de energia limpa, consolidando a colaboração entre Brasil e Paraguai na construção de um setor energético mais sustentável e inovador.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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