Sacha Calmon defende que o país deve se inspirar na resistência britânica ao nazismo para resistir ao “imperialismo econômico” e diversificar seus mercados.
Em uma análise, o advogado tributarista Sacha Calmon defendeu que o Brasil adote uma postura firme contra as pressões tarifárias dos Estados Unidos. Em entrevista à CNN, ele propôs uma analogia histórica forte: o país precisa resistir com a mesma determinação que Winston Churchill enfrentou o regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Uma analogia histórica: Brasil contra EUA como Churchill contra o nazismo
Durante sua participação no CNN 360º, Calmon traçou um paralelo enfático. Para ele, a determinação do Brasil em não ceder às pressões comerciais deve ser a mesma que a Grã-Bretanha, sob a liderança de Churchill, demonstrou ao enfrentar o avanço nazista. A mensagem é clara: o país precisa defender sua soberania econômica a todo custo.
A crítica ao ‘imperialismo econômico’ americano
O tributarista criticou duramente a política comercial dos EUA. Ele a comparou à antiga estratégia colonial britânica de “dividir para reinar”, que foi historicamente aplicada na Índia. Segundo Calmon, o cenário atual reflete um embate entre o unilateralismo, ou imperialismo econômico, e o multilateralismo defendido pelas instituições criadas no pós-guerra.
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Brics como potência: os números que impressionam
Calmon destacou a crescente relevância do Brics, o bloco econômico que une Brasil e outras potências. Ele ressaltou dados importantes: os membros do grupo são responsáveis por 33% das terras agricultadas e cerca de 45% da produção mundial de bens e serviços. Essa força coletiva, segundo ele, é um contraponto significativo ao poder unilateral.
Qual a saída para o Brasil? Diversificar e resistir
Diante da postura norte-americana contra parceiros importantes como Europa Ocidental, Índia, China e o próprio Brasil, a alternativa é clara para Sacha Calmon. Ele afirma que “a única alternativa viável para o país é diversificar mercados e ‘apertar os cintos'”. A submissão às pressões comerciais, segundo o tributarista, não é uma opção.