Pensando na sustentabilidade e tendo em vista o grande números de carros que são abandonados nas grandes cidades, a Toyota fechou uma parceria com a startup GWA para reciclar veículos no Brasil
Percebendo a quantidade de dezenas, e até mesmo centenas de quilos de materiais nobres que os veículos moderno possuem, como platina, alumínio, e até mesmo ouro, a Toyota anunciou uma parceria com a startup gaúcha, GWA, para ampliar a reciclagem de carros no Brasil, que ainda engatinha nesse setor.
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Fundação Toyota e startup GWA se pronunciam sobre a nova parceria
De acordo com a presidente da Fundação Toyota e diretora de comunicação da montadora, Viviane Mansi, no Japão, o consumidor paga uma taxa já na compra para que o veículo seja reciclado, fazendo com que a destinação ideal para os carros ao fim de sua vida útil seja uma preocupação desde o começo.
O Japão está na lista de países capazes de reciclar até 95% de um carro, deixando para trás o Brasil que não consegue passar dos 70%. Um dos maiores obstáculos para a reciclagem de veículos é a limitação tecnológica, afirma Wladi Souza, diretor comercial da startup GWA.
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Segundo ele, a empresa está trabalhando ao lado de fornecedores e parceiros para conseguir um aproveitamento máximo de tudo dos carros, mas nem sempre há equipamentos e profissionais qualificados no local para exercer tal objetivo. Isso faz com que a parceria da Toyota seja de suma importância.
Entenda como funcionará a parceria para reciclagem de veículos no Brasil
A Toyota fornecerá os manuais para que o desmonte de seus veículos ocorram de forma adequada, e também promete compartilhar informações cruciais para o processo da startup gaúcha. Embora sejam parceiros, a GWA, de Gravataí (RS), pretende reciclar veículos de qualquer marca. Souza ressalta que o projeto se torna viável economicamente através da venda de materiais.
“Veículos modernos podem ter aproximadamente 200 kg de alumínio” afirma o executivo. Por hora, a startup GWA estima desmontar cerca de 150 carros por mês ao longo deste ano, mas os planos são ainda maiores. Com a inauguração de novas unidades em São Paulo e Curitiba, a companhia planeja reciclar 12.000 veículos por ano, ou seja, uma média de 1.000 veículos por mês.
Saiba de onde virão os carros que serão reciclados
A princípio, os carros que serão desmontados virão de órgãos de trânsito, como DETRANs e CETs, que vêm lotando, cada vez mais, seus pátios com carros em situações ilegais ou que não possuem mais capacidade para rodar. Souza afirma que grande parte desses locais não possuem infraestrutura adequada para receber os carros e podem pôr em risco o meio ambiente.
Um dos motivos para optarem por esses veículos é a burocracia, tendo em vista que, apesar de ser legalizado, o desmanche de carros no Brasil exige que os automóveis sejam retirados dos registros junto aos órgãos, processo esse conhecido como “dar baixa”. Esse processo impede que as numerações de placa e chassi dos veículos sejam utilizadas de forma ilegal, mas pode ter um custo maior do que o próprio valor do carro, resultando nos abandonos de carcaças nas cidades grandes.