A Stihl, que fabrica produtos para diversos setores, prevê uma alta da sua receita com o aumento da sua produção no Brasil
A fabricante de ferramentas alemã Stihl está crescendo de forma exponencial no Brasil, influenciada pelo setor do agronegócio e por outros segmentos como a jardinagem, que na pandemia teve um grande destaque com as famílias se voltando mais para os cuidados com a casa. Para este ano ainda, a fabricante de ferramentas, que possui uma unidade de produção em São Leopoldo (RS), está prevendo um faturamento de R$ 3,5 bilhões com a sua produção, uma alta de 20% em comparação com o ano de 2021, segundo o site Broadcast.
“No início da pandemia, ficamos em pânico, pois não sabíamos o que estava por vir, porém a busca por produtos aumentou muito desde então. Com muitas empresas adotando o modelo de trabalho home office, o brasileiro focou mais na sua casa, muitos saíram dos grandes centros e estão mais próximos do verde”, declara o presidente da empresa, Cláudio Guenther.
A empresa atua nos segmentos florestal, agropecuário, construção civil, conservação e jardinagem profissional e doméstica, fabricando equipamentos elétricos e a combustão, como motosserras e roçadeiras, por exemplo. No primeiro semestre de 2022, a Stihl faturou R$ 1,8 bilhão, uma alta de 18% sobre o mesmo período do ano passado. Desde o ano de 2019, a fabricante de ferramentas junta investimentos da ordem de R$ 1,1 bilhão no Brasil.
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O presidente Guenther comenta ainda que parte do crescimento da empresa também acontece devido ao aumento de sua produção no Brasil. Atualmente, a empresa possui aproximadamente 4.600 pontos de venda espalhados pelo Brasil. Durante a pandemia, a companhia inaugurou um centro de distribuição em Jundiaí (SP) e em breve irá inaugurar outro em Benevides (PA).
A Stihl exporta a maioria da sua produção do sul do Brasil, que é altamente verticalizada. Guenther diz ainda que duas linhas de produtos que serão lançados no ano que vem vão ter cerca de 70% de conteúdo local, o que, de acordo com ele, tem ajudado a empresa especialmente depois dos recentes problemas na cadeia logística global e da guerra na Ucrânia.
Exportações da Stihl favorecem a questão cambial da empresa
A alta demanda de exportações da empresa também favorece a questão cambial, afirma o presidente. No Brasil, a Stihl possui uma produção de 90% dos cilindros usados nas fábricas da marca no mundo.
“O cilindro é essencial para a operação da máquina e também para novas tecnologias neste âmbito. Eles também auxiliam na redução das emissões. Quando exportamos cilindros, estamos exportando tecnologia, know-how, são mais profissionais envolvidos na operação”, comenta o presidente. Os cilindros fabricados pela Stihl são cerca de 25% do portfólio da empresa no Brasil.
Com o aumento da sua produção, a Stihl concretizou 1.500 contratações desde o início da pandemia, somatizando 3,7 mil funcionários só no Brasil.
“Temos uma política de elevar a nossa presença no mercado brasileiro, com qualificação no ponto de venda, gestão de venda técnica e cursos de mecânica”, relata o executivo.
O Executivo diz ainda que a Stihl está procurando trazer novas linhas de produção para o Brasil. “Necessitamos da aprovação, ainda este ano, para iniciar a produção de lavadoras de alta pressão no País”, explica.
A diversificação é um elemento essencial na empresa diante de um cenário onde os produtos elétricos a bateria podem ganhar cada vez mais espaço no mercado mundial. Atualmente, a Stihl produz somente produtos elétricos com fio e a combustão no Brasil. Com isso, Guenther declara que a produção de cilindros pode ter uma queda no futuro.