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Sobe em 50% o preço do combustível marítimo e impacta empresas do setor

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 09/01/2020 às 08:10
combustível marítimo bunker IMO 2020

Combustível marítimo chamado bunker ganha aumento de 50% devido a mudança regulatória e impacta empresas da área

Antes de ocorrer a mudança regulatória do bunker (combustível marítimo) neste ano, empresas de cabotagem e que fazem transporte de longas distância já sentiram o peso dos custos associados a ele, que subiu 50% no país. Veja também: Após ataque do Irã, Petrobras proíbe trânsito de navios pelo estreito de Ormuz

Em outubro deste ano, a Petrobras iniciou suas vendas do combustível bunker já adequado com a nova regra – IMO 2020 – em que o teor de dióxido de enxofre, que representa as emissões de gases de efeito estufa, de 3,5%, por regra, deveria ser reduzido para 0,5% até 1° de janeiro de 2020, conforme o anexo VI da Convenção Internacional para a Prevenção de Poluição por Navios MARPOL da Organização Marítima Internacional (IMO).

Quando a Petrobras iniciou suas vendas do óleo adequado, os preços estavam próximos de US$ 400/t. Hoje, o valor já ultrapassa US$ 650/t em Santos. Entretando, o preço médio no mundo do bunker IFO 380 (teor de enxofre de 3,5%) está na faixa dos US$ 370/tonelada – versão não mais fabricada pela estatal.

A mudança regulatória foi definida em 2016 pela IMO. As embarcações que possuam scrubbers (tipo de filtro), ainda poderão continuar usando o combustível antigo, porém, elas terão até o dia 01 de março para queimá-lo e passar a utilizar a nova versão.

O setor marítimo de transporte e cabotagem disse que a Petrobras viu na escalada de preço do bunker 0,5% uma oportunidade para elevar suas margens, já que o petróleo retirado do mar tem baixo teor de enxofre, não sendo tão custosa tal operação de adequação. Apesar do descontentamento e críticas à empresa, dados da Ship & Bunker revelam que o combustível aqui está mais barato se comparado à média de outros portos do mundo.

Entretanto, empresário e entendidades acreditam que o mercado deverá normalizar em seis meses, forçando a estatal a reduzir localmente o preço. Contudo, o bunker ainda deve ficar cerca de 10% acima dos nívels anteriores à regra.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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