Município de Itacuruba, em Pernambuco, seria o escolhido para receber até seis Usinas Nucleares, conforme intenção do governo em reviver o programa nuclear brasileiro.
Conforme o Click Petróleo e Gás informou, no mês de janeiro deste ano, o governo já faz, há algum tempo, estudos para escolher a localidade para suas novas plantas nucleares.
A intenção do atual governo é construir até oito Usinas Nucleares e segundo Carlos Mariz, o conselheiro técnico da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), que trabalhou na avaliação destes locais com a Coppe/UFRJ, o melhor local no Nordeste seria o município de Itacuruba, no estado de Pernambuco.
Segundo o especialista, o município foi escolhido, pois teria capacidade de abrigar até seis plantas e está em conformidade com os parâmetros da Coppe/UFRJ, em relação a disponibilidade de água, certa distância da população, estabilidade tectônica e outros fatores.
Além disso, naquele local existe linha de transmissão próxima, estradas, cidades com boa infraestrutura ao redor, tem água e fundação com terreno não arenoso.
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Suape do Sertão
Ele declarou ainda que o Nordeste seria imensamente beneficiado pela implantação das Usinas Nucleares, pois o Município escolhido se transformaria em uma nova Suape do sertão, devido ao imenso benefício socioeconômico que este projeto poderia trazer para a região Nordeste.
Mariz declarou que “Uma usina dessa vai demandar uma infraestrutura e muitos trabalhadores em torno da obra” e que “seria criado um polo em torno da usina, com indústrias e construções”.
O especialista falou ainda sobre a importância da energia nuclear para o Brasil e citou o exemplo da China, que tem o maior programa nuclear do planeta, disparado. São 45 usinas em operação e outras 13 em construção. E ainda planeja fazer mais 170.
Mesmo o Nordeste sendo um potencial gerador de energia hidrelétrica, eólica e solar, Mariz declarou que estas fontes são intermitentes e quanto maior estas fontes maior será o impacto, ou seja, chuvas, ventos e sol não são controláveis e podem gerar quedas repentinas e citou o Rio São Francisco que está cada vez mais restrito em relação a geração de energia.