Na contramão, fundo árabe Mubadala confronta movimento de preço da estatal e não vai reduzir o preço da gasolina da refinaria na Bahia
A Refinaria de Mataripe, na Bahia, antiga RLAm da Petrobras e recém adquirida por US$ 1,8 bilhão pelo fundo árabe Mubadala, do príncipe herdeiro de Abu Dhabi, está há 15 dias sem fornecer combustível a navios (conhecido como óleo bunker) por meio do Terminal Madre de Deus, principal ponto de escoamento da produção.
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A refinaria RLAM foi a 1ª venda da Petrobras dentro do pacote de 8 refinarias que passarão à iniciativa privada, fruto de um acordo com o Cade. A Acelen, holding do fundo que assumiu a refinaria em 1º de dezembro, disse que o fornecimento a navios não estava no contrato.
Apesar de não informar a data, a empresa disse que pretende começar a atender os pedidos.
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Na contramão, fundo árabe Mubadala, confronta movimento de preço da estatal e não vai reduzir o preço da gasolina da refinaria na Bahia
Em 2021, a Petrobras realizou 15 reajustes no preço da gasolina, sendo 11 aumentos e 4 reduções. No total, o valor do combustível vendido nas refinarias teve crescimento de 74%. Já o diesel teve 12 reajustes, sendo nove aumentos e três reduções, que totalizaram um crescimento no preço de 65%. O último reajuste aconteceu no dia 26 de outubro e levou a gasolina a custar R$ 3,19 e o diesel R$ 3,34.
Apesar da estatal anunciar, no último dia 14 de dezembro uma redução do preço da gasolina nas refinarias, a Acelen, empresa ligada ao fundo árabe Mubadala, que comprou da petroleira brasileira a Refinaria de Mataripe (antiga Landulpho Alves, RLAM), permaneceu com os mesmos preços cobrados. Com isso, o valor nas bombas dos postos de combustíveis de Salvador, na Bahia, se manteve no preço médio de R$ 6,59.
A refinaria, que fica localizada em São Francisco do Conde, recém comprada e 100% operada em 1º de dezembro pelo fundo árabe, fornece combustível para postos de toda a Bahia. O preço cobrado nos postos é resultado dos custos do combustível na refinaria, da operação e da margem do lucro das distribuidoras e dos postos, e de impostos.
Já que a refinaria não pertence à Petrobras, a Acelen tem autonomia para definir seus próprios preços. A Petrobras reduziu pela primeira vez desde junho o valor do litro de gasolina em suas refinarias, em cerca de R$ 0,10 (3%).
Segue o posicionamento da Acelen sobre os temas acima:
Nota à imprensa
A Acelen esclarece que os equipamentos e sistemas necessários para o fornecimento de bunker oil a partir do Temadre não fizeram parte dos ativos adquiridos pela Acelen com aquisição da Refinaria de Mataripe. Ademais, esclarece ainda que, os clientes que eram atendidos pela Petrobras a partir do Temadre até 30 de novembro foram comunicados pela própria empresa de que esse atendimento cessaria a nesta mesma data.
O fornecimento de bunker oil para os clientes a partir do Temadre é, e sempre foi, prioridade e objetivo da Acelen.
Por essa razão, estamos avaliando alternativas e realizando os investimentos necessário para iniciar o abastecimento do mercado com a maior brevidade possível.
Nota à imprensa
A Acelen reafirma seu compromisso de ser competitiva e estabelecer seus preços com base em critérios técnicos e transparentes. Por essa razão, a empresa informa a redução de R$ 101,00/m³ equivalente a R$ 0,10 centavos por litro da gasolina nos preços praticados na Refinaria a partir desse sábado, 18/12. A redução foi motivada pela queda do barril de petróleo nas últimas semanas e ajustes em outras variáveis como oferta/demanda, variação cambial, logística entre outros fatores.
A Acelen continuará observando oscilações nestas variáveis de maneira a garantir sua competitividade nos mercados de atuação.