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Nova usina com investimento milionário, que produzirá biogás e energia elétrica a partir de resíduos biodegradáveis, é financiado pelo BNDES

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 14/10/2022 às 18:05
Biogás, usina, energia
Foto: reprodução pixabay.com

A nova usina recebeu cerca de R$44 milhões em financiamento do BNDES com o intuito de produzir biogás e energia elétrica. A unidade está sendo construída em Elias Fausto, no Estado de São Paulo

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai realizar o financiamento e a implantação de uma usina da CRI GEO Biogás, destinada 100% para a produção de biogás e energia elétrica a partir de resíduos biodegradáveis. A usina está sendo desenvolvida no município de Elias Fausto, no interior da região industrial de Campinas, no Estado de São Paulo.

O financiamento do Banco à empresa será de cerca de R$ 44 milhões, sendo, aproximadamente, 80% do valor total do investimento, de R$ 56,2 milhões. Os recursos serão repassados pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), no âmbito do Programa Fundo Clima, complementado com funding próprio do BNDES.

A nova usina de biogás e energia vai contar com dois biodigestores, gasômetro e motogeradores e ao todo vai ter uma potência instalada de 2,15 MW para a geração de energia elétrica, bem como uma capacidade para produzir anualmente 4,5 milhões m³ de biometano (biogás purificado), além de mais de 9 mil toneladas anuais de biofertilizantes. A usina deverá entrar em operação em março de 2024.

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O QUE É O BIOGÁS?

Nova usina vai ajudar na utilização dos biocombustíveis

Essa nova usina vai contribuir para a diminuição das mudanças climáticas,  e vai promover também o uso de biocombustíveis em substituição ao diesel e ao gás natural de origem fóssil. Estima-se que as emissões evitadas de CO2 ao longo dos 20 anos de vida útil do projeto cheguem a 1,76 milhão de toneladas, o que equivale às emissões geradas por 44 mil veículos circulando nesse mesmo período.

O empreendimento vai reutilizar os resíduos biodegradáveis de indústrias que estão localizadas nas imediações da usina. Assim, além de garantir o descarte seguro do material, o projeto ainda vai promover a captura do metano (gás de efeito estufa 34 vezes mais nocivo na atmosfera que o CO2) que seria emitido pela decomposição dos resíduos orgânicos.

Falando da energia elétrica que será produzida, parte dela será consumida pela própria CRI GEO Biogás sendo que o restante será injetado na rede de distribuição da concessionária de energia local. O biometano desenvolvido poderá substituir o diesel consumido na frota da CRI GEO Biogás, além de ser comercializado para indústrias que atualmente consomem combustíveis fósseis tais como gás natural, GLP e diesel. Ao passo que biofertilizante, subproduto 100% orgânico produzido no sistema, será aproveitado como adubo nas áreas agrícolas da região.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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