Queda no consumo de energia em outubro foi sentida em diversos setores. Fatores além do aumento da conta de luz têm envolvimento na questão.
De acordo com o índice Comerc, os principais setores da economia tiveram pequena queda no consumo de energia em outubro.Apesar de ser uma retração de apenas 0,27% a diminuição do uso de energia por alguns setores foi compensada pelo aumento do consumo de energia de outros.
A queda dentro da margem histórica foi puxada pelos setores Varejistas( 0,11%), Manufaturados (3,56%), Auto Peças e Veículos (3,66%) e Eletromecânica(4,61%).
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Oscilação no consumo pode não estar somente relacionadas ao aumento dos valores da conta de luz
Seguindo na contramão dos setores em queda, houveram 5 setores com alta de consumo: Papel e Celulose(0,29%), Siderurgia e Metalurgia(1,40%), Materiais de Construção (1.51%) e Embalagens (1,71%).
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As quedas de aumentos no consumo de energia mostrados pelo índice Comerc não tem como único motivo a escalada nos valores da energia elétrica devido à crise hídrica.
Dentre os mercados que tiveram maiores quedas em outubro deste ano podemos verificar também a influência de outra crise, essa mundial, pela qual muitos mercados vêm passando atualmente: a crise dos microchips.
Tanto que os índices de queda mais extremos foram verificados nos mercados que, de alguma forma, foram afetados negativamente pela dificuldade dos produtores de microchips em abastecer o mercado em sua plenitude.
Além disso, nota-se também que houve alta no consumo de energia durante esse mês de outubro onde se verifica, por exemplo, o setor de papel e celulose, que tiveram um aumento considerável da demanda devido ao aumento do consumo de lenços higiênicos, motivada pela pandemia.
O mercado de embalagens também obteve um aumento considerável das suas atividades devido ao aumento das compras online, causadas pelas restrições da Covid.
Outro aspecto que precisa ser levado em consideração é a diminuição do consumo de energia causada também pela microgeração de energia por conta própria.
Diversos mercados vêm repensando sua matriz energética mediante o aumento da energia elétrica de rede, considerando possibilidades de geração por conta própria.
Um exemplo claro disso é a quantidade de empresas de papel e celulose que se instalaram ou estão em processo de instalação de termelétricas de pequeno porte, utilizando os próprios chips e outros refugos, da produção de papel e celulose, para geração de pelo menos parte da energia utilizada na fábrica.
Outro detalhe a destacar é o aumento da instalação de painéis solares em empresas. De acordo com o boletim mensal de energia, houve aumento de 67% da geração de energia solar no Brasil em 2021 e parte disso está relacionada às empresas e indústrias.