O Turcomenistão impressiona com sua arquitetura de mármore, regras incomuns e um estilo de vida isolado que intriga o mundo
Localizado na Ásia Central, o Turcomenistão segue como um dos países mais enigmáticos do mundo em 2025. Com cerca de seis milhões de habitantes e vastas áreas cobertas pelo deserto de Karakum, o país chama atenção não só pela paisagem, mas por um conjunto de regras, construções grandiosas e restrições severas. O turismo, quase inexistente, é dificultado por exigências rígidas do governo.
Uma capital feita de mármore
A capital, Ashgabat, parece saída de um cenário futurista. Os edifícios, revestidos de mármore branco, dominam o visual da cidade.
As ruas largas e quase vazias aumentam a sensação de isolamento. Esse estilo urbano incomum não é coincidência: a cidade possui a maior concentração de construções em mármore branco do mundo.
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Além disso, atrações como a maior roda-gigante instalada em ambiente fechado e fontes com iluminação sincronizada reforçam a imagem de um país onde o cotidiano se mistura ao extraordinário.
A estética exagerada é parte da identidade nacional e da visão de seus líderes.
Regras que surpreendem
O mais importante ao falar do Turcomenistão são suas leis incomuns. Entre as medidas mais curiosas está a proibição de veículos sujos circulando pelas ruas.
Durante anos, carros pretos também foram banidos de Ashgabat por “atraírem má sorte”, obrigando muitos moradores a pintarem seus veículos de branco.
Outra regra que chama atenção é a proibição de playback em shows e óperas. Além disso, nomes dos meses e dias da semana foram trocados por homenagens à família do ex-presidente Saparmurat Niyazov.
O uso de barbas e bigodes também é limitado para os jovens, com o objetivo de uniformizar a aparência dos cidadãos.
Cães, por sua vez, são proibidos na capital. São considerados animais impuros pelas autoridades. Essas e outras medidas tornam o cotidiano no país bastante controlado e diferente do que se vê na maioria das nações.
Controle rígido sobre o turismo
Quem deseja visitar o Turcomenistão precisa enfrentar um processo burocrático. O visto só é concedido mediante convite oficial.
Além disso, o turista deve seguir um roteiro previamente aprovado e sempre acompanhado por um guia autorizado.
O acesso à internet também é limitado. Redes sociais, aplicativos de mensagens e até VPNs estão bloqueados.
Durante a estadia, a comunicação com o mundo exterior praticamente desaparece. Essa desconexão reforça a sensação de isolamento.
Muitos visitantes relatam a impressão de estar em uma “cidade cenográfica”, com ruas vazias e vigilância constante.
Portanto, apesar das belezas exóticas, o país não é um destino turístico tradicional. Em 2025, menos de 10 mil turistas estrangeiros visitaram o Turcomenistão.
Excentricidades do poder
Os líderes do país também contribuíram para sua fama de nação excêntrica. Saparmurat Niyazov, ex-presidente, mandou construir uma estátua dourada de 15 metros que gira acompanhando o movimento do sol.
Já o sucessor, Gurbanguly Berdimuhamedow, protagonizou videoclipes e demonstrou habilidades em carros no deserto, reforçando uma imagem de poder performático.
Essas ações marcaram a política local com traços de culto à personalidade. A população vive sob controle rígido, e a liberdade de expressão é limitada. O estilo de liderança, centrado em figuras fortes e decisões inusitadas, moldou o cotidiano do país.
O “Portão do Inferno”
No meio do deserto de Karakum, um fenômeno natural chama atenção: o “Portão do Inferno”. Trata-se de uma cratera de gás que queima há décadas. A origem da chama remonta a uma tentativa fracassada de conter um vazamento nos anos 1970.
Hoje, o local virou símbolo do país. A cratera atrai cientistas e os poucos aventureiros que conseguem autorização para visitar. Mesmo assim, permanece cercada por mistério e curiosidade.
Um país fechado ao mundo
O mais importante sobre o Turcomenistão é entender que ele permanece fechado ao mundo. Sua arquitetura, suas regras e seus líderes formam um conjunto único, quase intocado por influências externas. O isolamento reforça a ideia de que o país vive em um tempo próprio, alheio ao ritmo global.
Quem decide conhecer esse território precisa se preparar para um ambiente controlado, exótico e fora dos padrões. Para alguns, isso representa um desafio.
Para outros, uma rara oportunidade de ver de perto um dos países mais fechados e diferentes do planeta.
Com informações de Correio Brasiliense.