Fenômeno raro será acompanhado por telescópios do mundo inteiro; o cometa 3I/ATLAS se aproxima do Sol a mais de 221 mil km/h e promete imagens inéditas
A NASA confirmou que a passagem do cometa 3I/ATLAS será transmitida ao vivo por meio dos telescópios Hubble e James Webb, em um dos eventos astronômicos mais aguardados de 2025. A transmissão contará ainda com a colaboração de observatórios internacionais, permitindo que o público acompanhe, em tempo real, a trajetória do misterioso corpo celeste que atravessa o Sistema Solar.
O interesse pelo fenômeno aumentou após cientistas detectarem que o cometa estaria emitindo uma substância incomum e mudando de cor, despertando hipóteses sobre sua origem interestelar. Agora, com o objeto atingindo seu ponto mais próximo do Sol, astrônomos do mundo inteiro se mobilizam para observar cada detalhe dessa aproximação inédita.
A trajetória e o mistério do cometa 3I/ATLAS
Descoberto em julho pelo telescópio ATLAS, no Chile, o cometa 3I/ATLAS rapidamente se destacou por suas características incomuns.
Ele é apenas o terceiro objeto interestelar já registrado pela humanidade, depois de 1I/ʻOumuamua, em 2017, e 2I/Borisov, em 2019.
Desde então, sua passagem vem sendo monitorada de perto por equipes científicas de diversos países.
O corpo celeste está se movendo a cerca de 221.000 quilômetros por hora, vindo da direção da constelação de Sagitário região que abriga o centro da Via Láctea.
A NASA confirmou que o ponto de maior aproximação do cometa ocorrerá por volta das 11h33 UTC, quando ele poderá ser observado em condições ideais por telescópios equipados com aberturas acima de 7,6 centímetros.
Ou seja, o ponto de maior aproximação do cometa 3I/ATLAS ao Sol ocorrerá às 8h33 da manhã do dia 30 de outubro de 2025, no horário oficial do Brasil.
Teorias e observações em tempo real
O entusiasmo em torno do cometa 3I/ATLAS também foi alimentado por declarações do astrofísico Avi Loeb, de Harvard, que chegou a sugerir a possibilidade de se tratar de uma sonda artificial.
Embora a hipótese tenha sido descartada pela NASA, que identificou a presença de um núcleo de gelo e coma, confirmando a natureza cometária, a especulação trouxe ainda mais atenção ao evento.
Para garantir a observação detalhada, a agência espacial norte-americana coordenará transmissões simultâneas com o Virtual Telescope Project e o Observatório Astronômico Nacional de San Pedro Mártir, no México.
O público poderá acompanhar ao vivo a evolução da luminosidade e das emissões do cometa enquanto ele se aproxima do Sol.
Onde e como assistir à transmissão da NASA
As transmissões ao vivo estarão disponíveis nos canais oficiais da NASA, bem como em plataformas parceiras de divulgação científica.
A cobertura deve começar nas primeiras horas do dia 30 de outubro, quando o cometa alcançará o ponto máximo de luminosidade.
Observadores na Colômbia, Venezuela e México terão uma visão privilegiada, especialmente entre 6h33 e 0h33 (horário local).
Os astrônomos recomendam o uso de telescópios amadores com abertura mínima de 7,6 centímetros para observar o cometa diretamente.
Já quem preferir acompanhar de casa poderá assistir à transmissão oficial, que incluirá comentários técnicos, gráficos em tempo real e análises das equipes envolvidas.
Um espetáculo cósmico para toda a humanidade
Mesmo que o brilho do cometa 3I/ATLAS não seja visível a olho nu, a expectativa é que as imagens captadas pelos telescópios espaciais revelem detalhes inéditos sobre sua composição e comportamento.
O evento é considerado uma oportunidade única para a astronomia moderna, já que cada passagem interestelar oferece novas pistas sobre a origem e a evolução dos corpos celestes que cruzam a galáxia.
A transmissão global da NASA simboliza não apenas um feito científico, mas também uma chance rara de conectar milhões de pessoas à observação direta do cosmos, um lembrete poderoso de que a curiosidade humana continua sendo a força motriz da exploração espacial.
Você vai acompanhar a transmissão do cometa 3I/ATLAS ao vivo? Acredita que eventos como esse ajudam a despertar mais interesse pela ciência e pelo espaço? Compartilhe sua opinião nos comentários.



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