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Produtores de carne bovina de SP miram em mercado japonês para compensar prejuízo de US$ 1 bilhão com tarifa dos EUA

Publicado em 08/08/2025 às 08:30
Produtores de carne bovina de SP tentam abrir mercado japonês em meio à retração causada por tarifa de 50% dos EUA
Produtores de carne bovina de SP tentam abrir mercado japonês em meio à retração causada por tarifa de 50% dos EUA
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Negociações visam reduzir perdas causadas por tarifas dos EUA e ampliar exportações paulistas

A abertura do mercado japonês para produtores de carne bovina de São Paulo entrou na pauta do governador Tarcísio de Freitas. A iniciativa busca compensar prejuízos estimados em US$ 1 bilhão após a imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos, medida que atingiu diretamente o setor.

Segundo o O Globo, Tarcísio se reuniu com o vice-cônsul do Japão em São Paulo, Tomu Shimizu, e representantes de frigoríficos paulistas para apresentar a qualidade e a rastreabilidade da carne local. O estado aposta na criação de gado em confinamento, modalidade que agrada mais ao consumidor japonês, e na proximidade com o Porto de Santos como diferencial logístico.

Estratégia para conquistar o mercado japonês

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP informou que já negocia a vinda de uma missão técnica japonesa para visitar confinamentos e propriedades no estado ainda neste semestre. O objetivo é mostrar, in loco, a qualidade do produto e garantir que as exigências sanitárias do Japão sejam atendidas.

O deputado estadual Lucas Bove (PL), que articulou a aproximação, destacou que o Japão importa cerca de 700 mil toneladas de carne bovina por ano e poderia ter o Brasil como alternativa à Austrália e aos Estados Unidos. A entrada nesse mercado, no entanto, depende do cumprimento de rígidos critérios sanitários.

Desafios e concorrência interna

O Brasil foi declarado livre da febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em maio, mas a abertura de novos mercados é um processo demorado. O Japão, por exemplo, dá prioridade a estados livres da doença sem vacinação status que já é realidade em regiões do Sul, mais avançadas no processo documental.

O Ministério da Agricultura também negocia com o Japão, mas as tratativas atuais estão concentradas nos frigoríficos sulistas. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) defende que a aprovação inclua frigoríficos de todo o país para evitar concentração de benefícios em apenas uma região.

Você acha que São Paulo conseguirá abrir espaço no mercado japonês de carne bovina? Essa estratégia pode reduzir a dependência das exportações para os EUA? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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