No Nordeste, região de maior concentração de parques eólicos, novo recorde ocorre na geração de energia eólica
A região Nordeste possui características que favorecem a geração de energia eólica. Segundo meteorologistas, com a queda das chuvas no segundo semestre, e consequentemente a diminuição da oferta de água para a produção de energia hidrelétrica, a região nesse período pode contar com grandes ventos para a geração de energia eólica. Recentemente, a região bateu novo recorde de geração de energia eólica.
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Nos meses de julho a setembro, os ventos na região litorânea podem chegar a 60 km por hora e no interior a 40 km. E é justamente nesse período que a região Nordeste tem batido recordes sucessivos de geração de energia eólica. Em agosto do ano passado, foram registrados três recordes e um deles foi a de geração instantânea.
Segundo o monitoramento feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, os sistemas registraram, no sábado, dia 22 de Agosto, às 22h, novo pico de geração chegando, desta vez, a 10.169 MW, com um fator de capacidade de 81%. Essa geração é suficiente para abastecer naquele momento de 97% da demanda de toda a região, ou seja, mais de 18 milhões de casas.
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Nos meses de agosto e setembro, acontece o que é chamado de “safra dos ventos”. O nordeste é favorecido pela atuação de ventos com uma velocidade bem superior à necessária para geração de energia, além de ser unidirecional e estável, permitindo geração contínua. Com isso, é comum neste período acontecerem recordes anuais de produção.
A energia eólica no Brasil representa 9,5% da capacidade instalada na matriz elétrica, ficando atrás da hidrelétrica – 69,4% e térmica – 18,2%. Até 2024 é esperado que esse tipo de geração chegue a 11,4% da matriz e com isso, a Região Nordeste terá elevância.
Os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e o Piauí são os estados da região que mais geram energia. A Bahia com 2.357 MW, Rio Grande do Norte com 1.717 MW e Piauí com 1.022 MW. Essa geração é capaz de atender 50 milhões de habitantes.