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Estudante de 17 anos resolveu um problema de matemática que estava sem solução há 45 anos — mundo científico está impressionado com a genialidade da jovem

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 07/08/2025 às 18:22
matemática
Foto: Reprodução
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Hannah Cairo refutou uma teoria matemática com mais de 40 anos. A história de uma jovem brilhante que surpreendeu o mundo científico.

Durante a pandemia, milhões de pessoas buscaram novos passatempos. No caso de Hannah Cairo, uma adolescente de 17 anos, esse novo interesse a levou a conquistar um feito impressionante na matemática.

Educada em casa e autodidata, ela dominou o cálculo aos 11 anos, leu livros de pós-graduação por conta própria e contou com tutores contratados pelos pais.

A jovem se envolveu com o clube Math Circles de Chicago, que promove encontros entre estudantes e professores para resolver problemas matemáticos.

Curiosa, decidiu participar também do programa de verão da filial do clube em Berkeley, Califórnia.

Aos 14 anos, escreveu em sua inscrição que possuía conhecimento equivalente a um diploma avançado. Foi aceita sem dificuldades.

Avanço além do esperado

Zvezdelina Stankova, matemática da Universidade de Berkeley e fundadora do Math Circles local, elogiou o desempenho de Hannah.

Segundo ela, a estudante sempre se destaca, superando os níveis esperados em qualquer programa em que se inscreve.

Depois de repetir o curso de verão, Hannah foi orientada por Stankova a ingressar no programa de matrícula simultânea da universidade.

Esse programa permite que estudantes do ensino médio assistam a aulas de nível universitário.

A jovem foi aceita e começou a cursar matérias mais avançadas. Lá, conheceu o professor Ruixiang Zhang, que apresentou a ela a conjectura de Mizohata-Takeuchi, um dos problemas mais intrigantes da matemática moderna.

Desafios e insistência

A conjectura, proposta décadas atrás, trata de comportamentos específicos de ondas em superfícies curvas.

Embora diversos matemáticos tenham tentado refutá-la, todos falharam. Quando Zhang apresentou uma versão simplificada do problema aos seus alunos, incentivou-os a ir além e buscar generalizações.

Hannah aceitou o desafio. Porém, nas primeiras tentativas, suas ideias não funcionaram.

Ela buscava o professor nos horários de atendimento para mostrar novas abordagens, mas sempre recebia a mesma resposta: não era suficiente. Mesmo assim, não desistiu.

Fui ao horário de expediente e perguntei a ele: ‘Essas ideias funcionam?’. Acabou que não, porque eram bobas“, contou à revista Quanta. Persistente, continuou reformulando hipóteses até encontrar algo realmente promissor.

A descoberta inesperada

Depois de muito esforço, Hannah teve um visão. Ela propôs uma nova forma de encarar o problema, utilizando um conjunto peculiar de ondas sobre uma superfície curva.

Ao contrário do esperado, essas ondas se amplificavam, algo que a conjectura afirmava ser impossível.

Ela então simplificou sua demonstração para deixá-la o mais clara possível. Zhang, que até então havia refutado todas as ideias, desta vez concordou com o raciocínio apresentado.

O resultado foi um artigo inédito, publicado em fevereiro, antes mesmo de passar pela revisão por pares.

Repercussão no mundo acadêmico

A publicação gerou surpresa entre especialistas da área. O mais importante foi o espanto com a idade da autora.

Tony Carbery, da Universidade de Edimburgo, afirmou que estuda o problema há quase 40 anos e ficou completamente impressionado ao ver a solução vinda de uma adolescente.

Itamar Oliveira, da Universidade de Birmingham, também demonstrou surpresa. “Ficamos todos chocados, absolutamente”, comentou à Quanta. Para ele, o trabalho de Hannah foi algo inédito.

Novo passo em direção ao futuro

Mesmo com todo o reconhecimento, Hannah decidiu continuar expandindo seus horizontes. Ela foi aceita pela Universidade de Maryland, que, junto com a Johns Hopkins, foi uma das únicas instituições a permitir sua entrada sem diploma formal de ensino médio ou graduação.

Agora, Hannah se prepara para iniciar essa nova etapa ainda no outono. Quando concluir o curso, será seu primeiro diploma oficial — uma conquista simbólica para quem já mostrou ao mundo que talento e dedicação não têm idade.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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