1. Início
  2. / Automotivo
  3. / Preço do carro elétrico ficará alto por mais tempo que o previsto, afirma CEO da FORD
Tempo de leitura 3 min de leitura

Preço do carro elétrico ficará alto por mais tempo que o previsto, afirma CEO da FORD

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 13/08/2022 às 19:19
carro elétrico - carros elétricos - preço do carro elétrico - automotiva - FORD
Crédito: Fast Company Brasil

Segundo o CEO da Ford, a culpa do preço do carro elétrico estar mais alto é das matérias-primas, que também estão em alta.

Ao longo da semana foi anunciado que o preço do carro elétrico ficará mais alto, por um período maior. De acordo com Jim Farley, CEO da Ford, em conjunto com o grupo de executivos de montadoras do mundo, afirmam estarem muito preocupados com o aumento dos preços das commodities. De fato, já há algum tempo, vêm sendo falado a respeito do aumento de preços em vários produtos indispensáveis para a fabricação de um carro elétrico, principalmente na alta dos preços de metais específicos usados na fabricação das baterias dos carros elétricos, que pode continuar sendo um problema para as montadoras e fabricantes. Segundo a Ford, durante um evento em Michigan, o preço do lítio, cobalto e níquel não irão aliviar tão cedo, desse modo, as montadoras terão que seguir com o preço de seus carros ainda mais caros.

Tendo que lidar com o aumento do preço das commodities, montadoras decidem manter preço do carro elétrico elevado

Se já estava elevado o preço do carro elétrico, tudo indica que mais aumentos estão por vir. Se o ritmo seguir desse modo, com os metais cada vez mais caros, a solução encontrada pelas montadoras é elevar o preço de carros que sejam movidos a bateria.

A Tesla e a Ford criaram uma tabela para seus carros principais, onde a picape F-150 Lightning, dependendo da versão, terá aumentos estimados entre 6.000 e 8.500 dólares (R$ 30.700 a R$ 44.000). O período da pandemia de Coronavírus contribuiu para que o mercado, de forma geral, tivesse um atraso em seus setores, principalmente na indústria automotiva.

Antes disso, já havia se instalado um ‘fenômeno’ chamado “fome de eletrificação”, em que as pessoas, tanto quanto a indústria automotiva, tomaram consciência sobre a situação do meio ambiente. Com a recuperação pós-Covid, as montadoras encontraram a indústria de mineração parcialmente despreparada, não conseguindo acompanhar a demanda da indústria automotiva.

Tecnologia ajudará cada vez mais a indústria de carros elétricos

Apesar das dificuldades, há alternativas para contornar essa situação, mesmo que parcialmente. Segundo Farley, os investimentos em baterias fabricadas a partir de matérias-primas menos “nobres”, como o lítio-ferro-fosfato (LFP), podem ser uma alternativa.

Sem o níquel e o cobalto, como uma forma de reduzir os custos de produção, o CEO da Ford acredita que pode ser uma alternativa acessível para se chegar a mobilidade de emissão zero.

Alternativas para criar baterias de baixo custo

A Ford já anunciou que fez a compra desses acumuladores revolucionários da fabricante chinesa CATL. O objetivo da montadora é montá-los no Mustang Mach-E, isso já no próximo ano (2023) e na picape elétrica F-150 Lightning a partir de 2024.

Outra alternativa elaborada pela Ford são as baterias de estado sólido, que são mais seguras e com maior capacidade, além de serem mais rápidos para recarregar do que o padrão níquel-manganês-cobalto (NCM) convencional.

Além disso, as baterias estão sendo desenvolvidas por diversas empresas, tais como a Solid Power, empresa cuja Ford investiu em conjunto com a fabricante BMW.

A startup planeja entregar os primeiros protótipos até o final deste ano, mesmo que leve mais alguns anos até vermos de fato esses protótipos de baterias chegarem ao mercado.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos