A Petrobras irá iniciar o processo de desmobilização das plataformas antigas este ano.
A Petrobras deve começar a desativar plataformas antigas este ano. O descomissionamento já estava nos planos da Petrobras e oito plataformas seriam desmobilizadas até 2021 na Bacia de Campos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), se enquadram como plataformas antigas e provável necessidade de desmobilização pelo menos 41% delas que estão em atividade – isso representaria algo em torno de 60 unidades com 25 ou mais anos de uso. Com isso, novas plataformas deverão ser construídas para substituir as existentes.
A tragédia ocorrida na barragem de Brumadinho (MG) pode acelerar o programa. Com 169 mortes confirmadas, o rompimento da barragem I da Vale na Mina Córrego do Feijão levantou um debate sobre o tamanho da fragilidade da cultura da segurança, no país, sobretudo em ativos em fase final de vida útil. O descomissionamento é uma atividade nova no Brasil e envolve ativos em águas profundas, ambiente por si só desafiador. Mas mesmo em águas rasas o assunto possui complexidades.
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Para o coordenador-geral do Sindipetro Norte Fluminense, Tezeu Bezerra, o descomissionamento é um agravante para um quadro já preocupante. Segundo ele, a redução do efetivo embarcado e o corte de custos preocupam. “Quando se coloca ativos à venda, eles saem da prioridade de investimentos. O descomissionamento é uma preocupação a mais, porque vai acontecer principalmente em ativos que estão sendo vendidos para empresas menores”, disse.
A Petrobras esclareceu que segue todos os regulamentos “visando manter a integridade das unidades, independente da idade“. Sobre os riscos associados ao descomissionamento, a empresa disse que os riscos são “devidamente avaliados nas etapas de planejamento” e “controlados e reavaliados constantemente até a conclusão das atividades”. “A Petrobras atende aos requisitos legais e prioriza a integridade dos ativos e segurança nas operações em todas as etapas do ciclo de vida dos empreendimentos, inclusive na fase de descomissionamento”, informou.
A ANP esclareceu que atua em três grandes frentes regulatórias, relativas à segurança operacional, sendo a primeira delas a fiscalização (a agência fiscaliza cada instalação a cada dois anos). O tripé é formado, ainda, pelo debate permanente com o mercado, e pelo desenvolvimento de um arcabouço regulatório com foco em sistemas de gestão que incentivam a “melhoria contínua e ao desenvolvimento de boas práticas”.
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