A Petrobras informou que a operação ocorreu por meio de um acordo entre o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, e o presidente da companhia, Roberto Castello Branco.
Nesta segunda-feira 30 de setembro, a estatal brasileira Petrobras fez um comunicado em que diz ter concluído a devolução ao governo uruguaio das concessões da distribuidora de gás que a companhia mantinha no Uruguai. A estatal resolveu se antecipar e aderir à partir de hoje, 01, a redução de enxofre de combustível marítimo para 0,5% em detrimento ao meio ambiente.
Segundo nota emitida pela estatal, a subsidiária Petrobras Uruguay Sociedad Anónima de Inversiones (Pusai) transferiu suas ações nas empresas Distribuidora de Gas de Montevideo S.A. (DGM) e Conecta S.A. ao Estado uruguaio.
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Com isso, a Petrobras sai do segmento de distribuição de gás natural no Uruguai.
A Petrobras informou que a operação ocorreu por meio de um acordo, em conformidade com as negociações realizadas entre o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, e o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, conforme foi divulgado em 16 de julho.
As operações da Petrobras no Uruguai, começaram em 2004, quando assinou contratos de concessão da Conecta, e, em 2006, assinou contratos com a DGM.
Desde então, segundo informou a Petrobras, o cenário para o setor de distribuição de gás no Uruguai se alterou de maneira drástica, provocado por mudanças nas condições de importação do gás argentino, que se tornou única fonte de abastecimento para o país.
As alterações provocaram restrições ao abastecimento e desequilíbrio econômico-financeiro nos contratos das distribuidoras no Uruguai.
O problema se agravou a partir de 2008, com o preço de importação do gás argentino para o Uruguai sendo multiplicado por oito no período de 2005 a 2015.
A situação piorou quando o governo abandonou o projeto de construção de uma planta regaseificadora, que poderia resolver o problema do abastecimento, segundo a Petrobras.
A fábrica diminuiria as incertezas e riscos relacionados à importação do gás da Argentina. De acordo com a Petrobras, desde o início das concessões, as perdas somavam US$ 116 milhões.
A Petrobras informou que, em relação à arbitragem internacional envolvendo a distribuidora de gás Conecta S.A, a reivindicação da subsidiária da estatal contra o governo do Uruguai foi atendida somente em parte, na medida em que decidiu que o Estado uruguaio teria de revisar o contrato de concessão integralmente.
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