2023: Petrobras encerra o ano com 10,9 bi de boe, sendo 84% óleo e 16% de gás. Investimentos em energia renovável e exportação de GNL.
O mundo moderno é movido a petróleo. A Petrobras tem reservas de petróleo e gás para mais 12 anos. Essa fonte de energia é vital para a economia global, sendo a principal matéria-prima para a produção de diversos combustíveis e produtos derivados.
Recentemente, um ataque no Oriente Médio resultou na morte de americanos, causando uma nova escalada nos conflitos entre as nações produtoras de petróleo. Esse evento teve impacto sobre o mercado de barris de óleo, elevando o preço do óleo equivalente e gerando preocupações sobre a segurança das rotas de transporte desse importante hidrocarboneto.
Reservas de petróleo atingem novo recorde na Petrobras
A gigante do petróleo Petrobras tem alcançado marcos significativos em termos de reservas de petróleo nos últimos anos. Com um total de 10,9 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), a empresa tem garantida uma produção constante por mais de 12 anos, mantendo o atual patamar de produção. Isso é vital para a sua posição no mercado de petróleo, especialmente considerando as reservas certificadas pela DeGolyer and MacNaughton (D&M) que seguem o critério SEC, resultando em 84% de óleo e condensado e 16% de gás natural. Além disso, segundo o critério da ANP/SPE, a empresa possui 11,1 bilhões de boe.
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Novos investimentos para incrementar as reservas de petróleo
O aumento constante das reservas de petróleo tem sido uma prioridade para a Petrobras, que adicionou 1,5 bilhão de boe ao longo de 2023. Mesmo descontando a produção de 900 milhões de boe e o desinvestimento de 200 milhões de boe, a empresa ainda registrou um aumento líquido de 400 milhões de boe nas reservas. Esse crescimento foi impulsionado principalmente por novos volumes encontrados nos campos de Búzios, Tupi e Atapu, na Bacia de Santos. Além disso, a declaração de comercialidade dos campos de gás de Raia Manta e Raia Pintada, operados pela Equinor, na Bacia de Campos, também contribuiu significativamente.
Desafios futuros para a Petrobras no mercado do petróleo
Apesar dos avanços recentes nas reservas de petróleo, a Petrobras já se prepara para um possível declínio, especialmente em relação ao pré-sal, previsto para a próxima década. Com a produção estimada para atingir o pico entre 2029 e 2030, a empresa destaca a importância de seguir investindo em maximização do fator de recuperação e exploração de novas fronteiras para repor as reservas de petróleo e gás. Além disso, o desafio da revitalização do maior campo de óleo e gás do país, Tupi, que já entrou em fase de declínio na produção, também está entre as prioridades da empresa.
Exploração na Margem Equatorial e entraves ambientais
Em meio a esses desafios, a Petrobras concentra sua atenção na Margem Equatorial, região que vai do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP) e abrange diversas bacias, incluindo Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. No entanto, a empresa enfrenta oposição do Ibama, especialmente na Foz do Amazonas, o que tem dificultado suas operações na área. Em contrapartida, a petroleira já avançou na exploração da Bacia Potiguar, perfurando poços e identificando presença de hidrocarboneto, embora ainda existam incertezas quanto à viabilidade econômica.
Impacto geopolítico e econômico do petróleo
Além da situação da Petrobras, o mercado de petróleo também é influenciado por eventos geopolíticos, como o recente ataque a uma base militar na Jordânia, atribuído a militantes apoiados pelo Irã. Esses incidentes podem pressionar ainda mais o preço do petróleo WTI, que já acumulou uma alta de 6% na última semana, refletindo também o melhor desempenho econômico dos EUA e anúncios de estímulos na China.
Fonte: EPBR