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Petrobras não construirá as plataformas P-78 e P-79 no Brasil, 80 mil empregos devem ir para países asiáticos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 12/01/2021 às 11:00
Atualizado em 14/01/2021 às 09:12
Petrobras - empregos - plataformas
Plataformas da Petrobras

A decisão da Petrobras sobre as plataformas pode gerar um grande impacto para geração de empregos e renda no país

Esta semana a Petrobras anunciou que não deve mais construir as plataformas P-78 e P-79 em território brasileiro, com o intuito de levar o projeto ao continente asiático, que ficará responsável por disponibilizar área para a construção das plataformas. A decisão trouxe um grande impacto para o Brasil, que já contava com essa construção, que ocasionaria geração de emprego e renda para o país, que se encontra com alto índice de desemprego, mesmo antes da pandemia da Covid-19.

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Essas plataformas seriam construídas em Búzios, no Estado do Rio de Janeiro, podendo gerar cerca de 8 mil empregos diretos e 80 mil empregos indiretos. Como o estado se encontra em grave crise econômica, a Petrobras decidiu recuar na decisão e presentear os países asiáticos com este projeto, mesmo que as obras em Búzios já estivessem em andamento. É possível que a Petrobras mude de ideia, mas por enquanto, o projeto segue para a Ásia.

”Tive uma conversa com o presidente da Petrobras [Roberto Castello Branco]. Ele foi claro: ‘Vou comprar onde tiver de comprar com preço mais baixo”’, declarou Sérgio Bacci, vice-presidente do Sindicato da Indústria Naval.

Sem desenvolvimento para o Brasil

Durante a gestão de Roberto Castello Branco na Petrobras, foi retirado o compromisso de políticas públicas que favorecia o desenvolvimento do País. Atualmente, a Petrobras não opera em favor do Brasil, agindo literalmente como uma empresa privada, apenas operante no país, em favor de si mesmo.

Devido à dificuldade de produzir igual ou ao menos similar à Ásia, por questões financeiras, o Brasil não consegue ter uma regularidade quando o assunto é prazo de entrega das encomendas, o que iria ocasionar a diminuição dos custos de produção.

Bacci diz que o liberalismo imposto por Paulo Guedes, atual Ministro da Economia do governo bolsonarista, trouxe neutralidade a qualquer tipo de obstrução ao desmonte do setor como forma de estratégia, já que o Brasil é dono de um dos mais altos volumes de reservas pré-sal e nem a Federação das Indústrias do Estado do RJ (Firjan) ou a bancada fluminense no Congresso Nacional conseguiram mudar essa questão.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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