Estudos geofísicos e geotécnicos vão definir área marítima com potencial para gerar energia eólica limpa e consolidar a transição energética da Petrobras
Uma das maiores empresas da América Latina está, enfim, prestes a dar um passo decisivo rumo à energia do futuro.
A Petrobras, estatal brasileira de petróleo e gás, abriu em junho de 2025 duas licitações estratégicas. Elas têm como objetivo avaliar áreas com potencial para usinas eólicas offshore na costa do Rio de Janeiro.
A iniciativa, portanto, integra um projeto-piloto inédito desenvolvido com o Governo do Estado do Rio. O protocolo foi assinado em março de 2024, com foco em energias renováveis.
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As duas concorrências públicas, por conseguinte, têm encerramento previsto para 26 de junho de 2025. Os editais estão disponíveis na plataforma Petronect, sob os códigos 7004452335 e 7004460462.
Estudos técnicos apontam nova fronteira energética brasileira
A primeira licitação prevê a coleta, processamento e análise de dados geofísicos. Ela ocorrerá em águas ultrarasas de São João da Barra, no norte fluminense.
Esses levantamentos incluem, além disso, batimetria, topografia e tomografia elétrica, com profundidade de até 10 metros, em uma área estimada de 1,5 km².
A segunda licitação, por outro lado, se concentrará na coleta de dados geotécnicos em águas rasas e praias, detalhando o tipo e a estabilidade do solo marinho.
Ambas as etapas são, portanto, essenciais para garantir segurança técnica na instalação dos futuros aerogeradores, conectados à malha elétrica costeira.
Projeto-piloto é peça-chave da nova política energética
Desde março de 2024, Petrobras e Governo do Estado do Rio atuam juntos em estudos técnicos. O objetivo, nesse caso, é identificar áreas ideais para parques eólicos offshore.
O protocolo assinado, desse modo, busca diversificar a matriz energética nacional, reduzindo gradualmente a emissão de gases poluentes, em conformidade com tratados ambientais.
Essa iniciativa, assim, integra o plano de transição energética da Petrobras, que se alinha às metas internacionais de descarbonização até 2050.
Brasil desponta com mais de 1.200 GW de potencial offshore
Em 2023, a consultoria DNV, a pedido do Grupo Banco Mundial, publicou um relatório técnico sobre o potencial eólico offshore brasileiro.
Segundo o documento, o Brasil pode gerar até 1.228 GW de energia eólica no mar. Deste total, 480 GW são de turbinas fixas e 748 GW de turbinas flutuantes.
Com mais de 7.000 km de costa navegável, o país possui, de fato, condições excepcionais para atrair investimentos em fontes limpas e alta capacidade de produção energética.
Esse potencial, por sua vez, torna o Brasil um dos principais candidatos a liderar o desenvolvimento de eólicas offshore na América Latina.
Nova lei garante segurança jurídica para empreendimentos no mar
No início de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma nova lei. Ela estabelece regras para exploração de energia eólica em áreas marítimas.
A legislação trata da autorização e alocação de zonas específicas, além de garantir critérios técnicos e ambientais mais rigorosos para os novos projetos.
Essa definição legal, portanto, era aguardada há anos pelo setor. Ela oferece segurança jurídica e viabiliza investimentos nacionais e estrangeiros de forma sustentável.
Especialistas consideram essa norma, afinal, fundamental para destravar projetos e viabilizar a geração offshore no Brasil com responsabilidade ambiental.
Petrobras acelera transição energética com base técnica sólida
Com essa ação, a Petrobras reforça, de forma estratégica, sua visão de longo prazo. Ela prioriza a diversificação energética com foco em sustentabilidade e eficiência operacional.
A empresa busca, ao mesmo tempo, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e ampliar sua atuação em fontes limpas, como a eólica offshore.
As duas licitações abertas neste mês são, sem dúvida, um marco técnico e simbólico. Elas marcam o início da construção de um novo capítulo energético no litoral brasileiro.
Especialistas apontam que essa estruturação, feita com planejamento e rigor, pode posicionar a Petrobras entre os líderes da energia limpa na América do Sul.
O que você acha que deve ser prioridade para o Brasil?
Avançar rapidamente com projetos eólicos offshore para liderar a transição energética global, ou investir com cautela, priorizando segurança ambiental e social a longo prazo?
Muito bom está na hora da Petrobras inovar. Poderiam investir também em energia das ondas também para geração de energia.