Petrobras assina contratos de R$ 4,9 bilhões para avançar na construção do Trem 2 da RNEST. Refinaria dobrará capacidade de produção até 2029 e deve gerar 30 mil empregos.
A Petrobras oficializou, na última segunda-feira (16), os primeiros contratos para a retomada das obras do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), localizada em Pernambuco. Os acordos, assinados com a Consag Engenharia S.A., somam cerca de R$ 4,9 bilhões e contemplam a construção de três importantes unidades de refino.
O objetivo é ampliar a capacidade instalada da RNEST, que deve dobrar até 2029, passando de 130 mil para 260 mil barris por dia, consolidando-se como a segunda maior refinaria da Petrobras.
Além de fortalecer a infraestrutura da companhia no Norte e Nordeste, o projeto está alinhado ao Plano de Negócios 2025-2029 da estatal e reforça o compromisso da empresa com a segurança energética, o desenvolvimento regional e a geração de empregos.
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RNEST: um pilar estratégico da Petrobras para o refino nacional
De acordo com Magda Chambriard, presidente da Petrobras, a RNEST é uma peça-chave na malha de refino do país.
“A RNEST é estratégica para o Brasil, hub da Petrobras nas regiões Norte e Nordeste. Os contratos para a retomada das obras do Trem 2 da refinaria revelam o compromisso da empresa com o desenvolvimento do país”, afirmou.
A expansão inclui a Unidade de Coqueamento Retardado (UCR), com capacidade para processar 75 mil barris/dia; a Unidade de Hidrotratamento de Diesel S10 (UHDT-D), com 82 mil barris/dia; e a Unidade de Destilação Atmosférica (UDA), com 130 mil barris/dia.
Essas estruturas permitirão maior produção de combustíveis com baixo teor de enxofre e derivados de maior valor agregado.
Avanços ambientais e tecnológicos da refinaria
Desde que entrou em operação em 2014 com o Trem 1, a RNEST se destaca como a refinaria mais moderna da Petrobras, com alto grau de automação.
Em dezembro de 2024, a unidade passou a operar a SNOX, primeira do tipo no refino brasileiro, focada na redução das emissões de poluentes e na produção de ácido sulfúrico, um novo produto comercializado pela estatal.
Já em março deste ano, a Petrobras concluiu a modernização do Trem 1, mantendo a refinaria em constante evolução. Com a construção do Trem 2, a empresa pretende consolidar a RNEST como referência tecnológica, ambiental e produtiva no setor de refino no Brasil.
Geração de empregos e impacto regional
A construção das novas unidades da RNEST tem potencial para criar aproximadamente 30 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia local e promovendo inclusão social através da geração de renda.
Com a conclusão das obras prevista para 2029, a refinaria será essencial para atender à crescente demanda por derivados de petróleo no país, aumentando a autossuficiência nacional e reduzindo a dependência de importações.