Operação seria através de emissão de ações na bolsa paulista, e a venda de 30% faria a Petrobras ficar somente com 40% da distribuidora
A BR distribuidora, a maior empresa de postos de combustíveis do País, deve mesmo fazer parte dos desinvestimentos da Petrobras.
A petroleira conversa com bancos e investidores para vender 30% e assim ficar com 40%, o negócio deve ser fechado para que a arrecadação atinja R$ 8 bilhões, visto que a distribuidora vale R$ 27,3 bilhões e a participação da Petrobras gira em torno de R$ 20 bilhões pela cotação de quarta na B3 (Bolsa Paulista).
Já existe até o interesse do fundo americano BlackRock, indicado como um potencial investidor financeira na operação, que compraria uma fatia das ações da BR distribuidora que forem ofertadas.
Segundo se comenta no mercado, o anúncio da operação pode ser feito nas próximas semanas e o negócio pode se concluir neste semestre.
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A Petrobras está em conversas com o TCU e órgãos reguladores visando definir o modelo de venda a ser aplicado para não ser surpreendida como no caso da venda da TAG á Engie, pois a justiça no ano passado, suspendeu o processo e a venda só foi feita após liberação pelo STF, porém como a BR faz parte da bolsa de valores, não deve-se ter problema algum na operação.
Planos de mais vendas
A BR distribuidora é líder em distribuição de combustíveis no Brasil, e teve em 2018 um aumento de 15,6% de receita líquida sobre 2017.
O processo de venda de participação da Petrobras na companhia faz parte de um plano, desde a gestão de Pedro Parente á frente da Petrobras, para reduzir as dívidas da estatal. O governo quer arrecadar cerca de US$ 27 bilhões até 2022 em vendas de ativos.
Este ano a Petrobras fez a sua maior venda da história, a TAG (gasoduto da região Norte e Nordeste) foi comprada pela francesa Engie, por US$ 8,6 bilhões (R$ 33 bilhões).
Outro gasoduto que foi vendido foi o NTS, da região Sudeste, para um consórcio que tem como líder a gestora canadense Brookfield por US$ 4,2 bilhões (R$ 16 bilhões).
Mais três gasodutos estão na lista de vendas da Petrobras, Conhecidas como Rota 1, Rota 2 e Rota 3, as três unidades têm cerca de 1 mil quilômetros de extensão que partem do Pré-sal da Bacia de Santos para a costa.
O conjunto é menor que a TAG, mas estima-se que valem mais de US$ 3 bilhões somados, sendo que dois deles já estão operacionais e um ainda se encontra em construção. Essa operação precisaria da aprovação dos parceiros de exploração da Petrobras, como a francesa Total, a Shell, a chinesa CNPC, entre outros, pois tem participação na exploração do gás produzido.
A Petrobras também voltou a colocar á venda a Liquigás, sua distribuidora de botijões de gás, pois na primeira tentativa, o negócio com o grupo Ultra não foi aprovado pelo CADE, a estimativa é concluir sua venda no terceiro trimestre deste ano.
Outro processo de venda é a participação da estatal na Braskem, empresa petroquímica, que tem a Odebrecht como outro importante acionista do negócio e que pode ser finalizado neste semestre com a holandesa LyondellBasell.