1. Início
  2. / Petróleo e Gás
  3. / Petrobras anunciou que pretende iniciar as operações da sua planta de processamento de gás natural GasLub atrasada no início de 2024
Tempo de leitura 3 min de leitura

Petrobras anunciou que pretende iniciar as operações da sua planta de processamento de gás natural GasLub atrasada no início de 2024

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 08/03/2023 às 14:01
Atualizado em 09/03/2023 às 01:43
GasLub
GasLub (foto/divulgação)

Projeto GasLub: Com a adição de um suprimento inicial de 9 milhões de m³/d de gás natural ao mercado doméstico, a empresa pretende dobrar a quantidade de gás disponível para o mercado nos próximos cinco anos.

No entanto, a operação completa do projeto GasLub, incluindo o gasoduto rota 3 de 355 km que transportará gás dos campos offshore do pré-sal para a instalação de processamento, teve mudanças de contratantes que atrasaram o projeto. De acordo com o chefe de exploração e produção da Petrobras, Fernando Borges, o gasoduto começará a operar a partir de abril de 2023.

Apesar do anúncio da Petrobras, grupos de consumidores e políticos no Brasil têm criticado a quantidade de gás que as empresas petrolíferas reinjetam para estimular a produção de petróleo. Eles afirmam que isso leva a suprimentos de gás mais caros e à necessidade de importações de gasodutos e GNL. Segundo o Ministério de Minas e Energia, as reinjeções cresceram para 68 milhões de m³/d em 2022, enquanto o fornecimento de gás ao mercado doméstico caiu para 47 milhões de m³/d.

Borges, um dos principais executivos da Petrobras, defendeu a prática de reinjeção de gás na indústria do petróleo afirmando que, dos cerca de 70 milhões de m³/d que foram reinjetados em 2022, apenas uma pequena parte faria sentido vender. O executivo explicou que os primeiros 40% do gás tem alto teor de CO2 e são mais adequados para serem reinjetados nos campos offshore de pré-sal da Petrobras. Os segundos 40%, por sua vez, possuem especificações melhores para uso doméstico e são fundamentais para manter a produção do pré-sal.

Segundo Borges, o Brasil ainda deverá depender de importações de gás, inclusive no formato GNL, por muitos anos. A importação de GNL cresceu nos últimos anos, chegando a um recorde de 26 milhões de m³/d em 2021, antes de cair para 7 milhões de m³/d até novembro de 2022, segundo dados do governo. Apesar disso, Borges também destacou que há uma proposta de tributar o gás que está sendo reinjetado, o que gerou debates no país. A imprensa tem sugerido que o país deveria parar de reinjetar o gás e começar a vendê-lo no mercado doméstico, agora que o setor está aquecido.

Além disso, Borges afirmou que outros 10% do gás vêm do campo de petróleo de Urugua, na região amazônica, que atualmente não possui mercado fácil e está sendo utilizado principalmente para recuperar o condensado. Enquanto isso, dois terminais de GNL do setor privado continuam importando o gás para fornecer geradores de energia em áreas fora da rede. O executivo ressaltou que, apesar das discussões em torno do tributo sobre o gás reinjetado, a reinjeção ainda é fundamental para o processo produtivo na indústria do petróleo.

Tags
Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

Compartilhar em aplicativos