Pesquisadores da Alemanha desenvolveram um revestimento ultrafino que pode transformar qualquer módulos em painéis solares autolimpantes. A tecnologia poderá ser produzida em larga escala em breve.
Recentemente, foi anunciado pela organização alemã de pesquisa Fraunhofer o desenvolvimento de um novo revestimento ultrafino que consegue transformar painéis solares comuns e outras superfícies em autolimpantes. A inovação pode gerar benefícios a milhões de placas fotovoltaicas espalhadas pelo mundo e será apresentada em abril na BAU, maior feira mundial para arquitetura, materiais e sistemas.
Revestimento para painéis solares é o óxido de titânio
A popularização do novo material pode representar um importante subsídio para a instalação da energia solar, atualmente a maior fonte de energia limpa, e em franca expansão, visto que até mesmo os painéis solares mais atuais não podem funcionar corretamente quando são cobertos de sujeira, e limpá-los regularmente pode ser um tanto quanto inviável.
O grande destaque para o novo produto da Fraunhofer é a utilização do óxido de titânio para transformar produtos comuns em painéis solares autolimpantes. O material atua como um bloqueador solar que, em seu estado normal, repele a água formando gotículas que deslizam facilmente pelas superfícies dos painéis.
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Entretanto, quando este material é exposto à luz ultravioleta, ele muda seu estado e se torna muito atrativo à água, mantendo a superfície constantemente úmida. Painéis solares autolimpantes não são um conceito totalmente novo, mas os modelos atualmente comercializados no mercado contam com uma espécie de mecanismo de repelência ou atração à água, mas não os dois juntos.
Revestimento pode ser instalado em várias superfícies além dos painéis solares
Nos testes feitos pela Fraunhofer, a equipe de pesquisadores utilizou uma planta piloto para gerar rolos de vidro fino de 30 cm de largura, 100 micrômetros de espessura e 20 metros de comprimento. É importante mencionar que o óxido de titânio conta com até 150 nm de espessura.
O grande diferencial da nova tecnologia de painéis solares autolimpantes é que os mesmos têm sua produção estimada em massa, com rolos individuais que podem ser sobrepostos em células fotovoltaicas, janelas e outras superfícies que já existem.
Apesar de a equipe ter afirmado na pesquisa que o vidro fino ainda é um material frágil e vulnerável ao calor, a produção futura promete corrigir estas imperfeições e identificar a utilização de filmes de polímeros.
Novas tecnologias surgem no mercado de energia solar
Os fabricantes de painéis solares estão sempre em busca de novas tecnologias que ampliem a eficiência de seus produtos para que, desta forma, ganhem destaque nesse enorme mercado. Sendo assim, em novembro do último ano, a empresa produtora de módulos fotovoltaicos, DAH Solar, trouxe ao mercado o painel solar Fullscreen, isto é, um novo painel solar de Tela Cheia.
Patenteada em mais de 20 países, a tecnologia foca no uso em projetos de telhados ou sistemas solares integrados à arquitetura BIPV. Esta nova tecnologia não conta com moldura na parte da frente, sendo apenas um vidro inteiro, gerando um design mais refinado, além de contar com grandes vantagens técnicas.
Dentre as principais vantagens desta tecnologia, está a capacidade de autolimpeza dos painéis, por conta da falta de moldura visível na parte frontal, reduzindo o acúmulo de sujeira e o risco de pontos quentes, ampliando a economia, visto que evita os custos e manutenção com a limpeza.
Estes fatores, além de melhorar a geração de energia, geram uma quantidade menor de pontos de calor devido à redução da faixa de sujeira que fica acumulada próximo à moldura da parte interior. Durante os testes feitos em abril no distrito de Xixia, em Yinshuan, na China, foi possível notar a diferença da sujeira entre um novo painel com a tecnologia e o módulo comum.