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Para acabar com a crise de semicondutores e impulsionar mercado mundial, Intel investe mais de R$ 540 bilhões e intensifica a sua produção

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 22/01/2022 às 13:55
Semicondutores - Intel - crie de semicondutores - investimento
Intel afirma que mudar os parques fabris exige tempo e recursos. Créditos: Shutterstock

Além da Intel, outras empresas estão na briga para ver quem expande mais rapidamente suas unidades fabris para ajudar na extinção da crise de semicondutores    

A Intel escolheu a cidade americana de Ohio para instalar um novo complexo destinado à fabricação de semicondutores, que terá um investimento em torno de US$ 20 bilhões, como uma forma de intensificar e aumentar a produção de chips para computador nos Estados Unidos, já que os usuários vem lutando há um tempo contra a escassez desses componentes. A Intel relatou nesta sexta-feira, 21, que o novo complexo, perto de Columbus, poderá ter inicialmente duas fábricas para decretar o fim da crise de semicondutores, ofertando cerca de 3 mil empregos, sem falar nos empregos adicionais durante a construção e em empresas próximas a unidade fabril.

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Investimento bilionário da Intel para decretar o fim da crise de semicondutores

No ano passado, quando Patrick Gelsinger se tornou presidente-executivo da Intel, rapidamente houve um aumento nos investimentos da empresa em manufatura, como forma de ajudar a reduzir a dependência dos Estados Unidos de fabricantes de chips de outros países.

Ao mesmo tempo, o Congresso era pressionado a aprovar os incentivos destinados ao aumento da produção doméstica de chips. A previsão é de que esses investimentos aumentem mais ainda, já que a Intel declarou que investirá US$ 100 bilhões – mais de R$ 540 bilhões – ao longo dos próximos 10 anos em seu próximo complexo de fabricação nos EUA.

De acordo com a Intel, ainda na última sexta-feira (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu com Gelsinger na Casa Branca para falar sobre o projeto.

Novas fábricas e início da produção

A Intel, sediada no Vale do Silício (Califórnia), tem fábricas em Oregon, Novo México e Arizona. Esta será a primeira vez, em mais de 40 anos, que a Intel construirá uma nova fábrica em um novo estado.

Em março de 2021, Gelsinger escolheu um complexo próximo de Phoenix para uma expansão de US$ 20 bilhões, que já está em andamento. Porém, de acordo com a Intel, falta mão de obra, água e energia elétrica para finalizar o complexo, sem falar da falta de recursos para fabricação dos semicondutores.

Estima-se que o complexo em Ohio será construído ainda este ano, com previsão de funcionamento da primeira fábrica já em 2025. O complexo possui área suficiente para até 8 fábricas e operações relacionadas. Com isso, acredita-se que ajudará bastante nessa fase de crise de semicondutores.

Outras empresas estão buscando expandir suas unidades fabris para concorrer com a Intel

Nos EUA, a Intel não é a única empresa a expandir a sua produção. A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) iniciou a construção, em 2021, de um complexo avaliado em US$ 12 bilhões, a 80 km da fábrica da Intel, em Phoenix.

A Samsung Electronics convocou a Taylor, no Texas, para uma fábrica avaliada em US$ 17 bilhões, com previsão de construção para 2022. Desde o início da crise de semicondutores, diversas empresas vem se empenhando para minimizar a situação, mas é perceptível, neste momento, que as empresas ingressaram em uma grande guerra para ver quem colabora mais com a redução ou extinção da crise – além da questão de faturamento das empresas.

A estratégia de Gelsinger está baseada na aposta de que a Intel pode ser a principal rival da Taiwan Semicondutores e da Samsung na fabricação de chips semicondutores feitos sob encomenda para demais empresas. Durante grande parte de sua trajetória, a Intel trabalhava apenas com a fabricação de microprocessadores e outros tipos de chips semicondutores.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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