Projetos-piloto são vitais para alavancar o 5G no Brasil
O Brasil é um país com dimensões continentais e existe uma grande desigualdade social e financeira que assola parte de seu território. Este impasse também existe no campo da Infraestrutura digital, que revela aspectos de exclusão, isso de acordo com o desenvolvimento econômico de cada região, o que torna o país extremamente heterogêneo em relação à infraestrutura implantada.
A chegada de novas tecnologias
A implementação de novas tecnologias pode mudar a realidade de regiões mais afastadas, um fator que pode ser decisivo para isso é a implantação da rede de internet 5G no Brasil, o leilão para concessão de operação nas faixas de frequência do 5G aconteceu nos dias 4 e 5 de dezembro de 2021, a implantação da rede 5G em todas as capitais era previsto até 31 de julho de 2022, porém no dia 2 de junho de 2022 a ANATEL estendeu o prazo de implantação nas capitais para 29 de setembro de 2022.
O grande impacto que deve acontecer na Infraestrutura do país, teve cronograma mantido, que estabelece a entrada da operação nas demais regiões além das capitais de forma gradual até 2029.
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A tecnologia 5G vai aumentar a velocidade de conexão e reduzir latência (tempo de resposta), a rede é projetada para conectar praticamente tudo (celulares, veículos, computadores e até mesmo maquinário) em uma rede sem fio.
Além disso, a tecnologia 5G vai mudar o mundo que vivemos, a diferença entre o 4G e o 5G é gigantesca e devemos ter grandes avanços em áreas como telemedicina e carros autônomos, e a maior diferença entre as tecnologias está no tempo de resposta (latência), que pode permitir a eficiência em cirurgias a distância na execução da telemedicina, área que não tolera erros. Além de viabilizar a funcionalidade total dos carros autônomos que exigem um nível de conectividade gigante, dado o volume de dados que precisam trafegar na maior velocidade possível com o centro de dados.
Novos investimentos
O nível de investimento em infraestrutura a longo prazo deve aumentar consideravelmente em regiões mais remotas do país, trazendo desenvolvimento e necessidade de novas demandas, não se pode imaginar um futuro com carros autônomos e rede 5G em estradas deterioradas e sem energia como é o caso de algumas cidades mais afastadas do país, como Assis Brasil e Manoel Urbano, ambas localizadas no estado do Acre, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), em 2018.
A digitalização do setor de infraestrutura vem contribuindo para uma maior qualidade dos projetos estruturados e mais assertividade na hora de colocar em prática uma obra.
De acordo com a IDC, até 2023, a infraestrutura digital será a plataforma básica para todas as iniciativas de TI e automação de negócios em qualquer e todos os lugares. Tal tecnologia precisa permitir a troca sem atrito de dados e operações entre ecossistemas da edge ao core.
Aceleração de projetos
Um dos principais resultados dessas implementações é a capacidade de acelerar projetos que normalmente levariam muito tempo para sair do papel, e mais ainda para serem, de fato, realizados. Ferramentas como inteligência artificial, Big Data, soluções na nuvem e CRM estavam muito longe da realidade de boa parte das empresas.
Hoje em dia, são essenciais para o seu funcionamento e para que consigam permanecer relevantes no mercado. Revisitar estruturas antigas nos mostra o quanto avançamos neste cenário. Hoje é possível encontrar equipamentos que permitem isso.
Créditos: Luciano Machado — Sócio da MMF Projetos, engenheiro civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Especialista em Geotecnia pelo Instituto Brasileiro de Educação Continuada (INBEC) e Filósofo pela Universidade Cruzeiro do Sul.