Odebrecht – no dia 22 deste mês o grupo aprovou a reestruturação de 53 bilhões de reais em dívidas dentro de seu plano de recuperação judicial, tornando assim a Braskem a principal fonte de renda da companhia. Boeing rompe contrato de 4,2 bilhões de dólares com Embraer e sindicato pede reestatização da empresa.
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Em meio a crise no setor, a Braskem precisará ter lucro a distribuir em volume significativo para ser a maior fonte de liquidez do grupo.
A Odebrecht é controladora da Braskem com uma participação de 38% no capital social. A Petrobras é sócia no controle, com 36% do negócio.
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Odebrecht soma 34 bilhões em dívidas, em 2016 – na primeira grande reorganização de dívidas na rotina pós-Operação Lava-Jato, a Odebrecht cedeu a Braskem em garantia para cinco bancos credores, no qual (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES) têm o direito sobre os dividendos pagos pela petroquímica.
O acordo feito entre a companhia e os bancos foi concedido nove meses depois do grupo solicitar à justiça de proteção contra credores, ocorrida em 17 de junho de 2019.
Após o plano de recuperação judicial ter sido aprovado, o grupo poderá receber até 1 bilhão de reais do que for depositado em dividendo, em parcelas máximas de 250 milhões de reais ao ano, até 2022 – referentes ao desempenho do negócio entre 2018 e 2021.
Além de sustento cotidiano do grupo Odebrecht nos próximos anos, a Braskem é o pilar da reorganização das dívidas do plano desenhado pelo grupo e seus assessores E.Munhoz Advogados e RK Partners.
As ações da companhia garantem dívidas de 13,6 bilhões de reais do conglomerado. Para honar suas dívidas a companhia terá três anos para vender a Braskem.
Odebrecht não só venderá a Braskem mas também suas outras principais empresas como a produtora de etanol Atvos, a operadora de sondas Ocyan e a participação na Santo Antônio Energia (Saesa), a usina hidrelétrica de mesmo nome.
Nesse período, os bancos não executam as garantias, mesmo com as dívidas já vencidas.
O caso Odebrecht é o maior processo desse tipo já realizado no Brasil. É também o caso com maior exposição do sistema financeiro nacional.