Com a licença prévia da Sterlite para linha de transmissão na região Norte do Brasil, com a compra da Amazonas Energia pelo Consórcio Oliveira Energia/Atem aprovado pelo Cade e com a aplicação de R$ 202 milhões da Energisa em 2019, o mercado de energia do Brasil tem um futuro promissor.
A Sterlite Power recebeu do Ibama a licença ambiental para um dos maiores projetos da empresa no Brasil, que contempla a implantação de uma linha de transmissão de 1831 km entre os estados do Pará e Tocantins. O projeto, conquistado no leilão da Aneel em dezembro de 2017, terá 4 mil torres e 32.000 km de cabos que vão contribuir para a expansão das interligações Norte-Sudeste e Norte-Nordeste, além de parte do escoamento de energia da UHE Belo Monte.
O empreendimento prevê a geração de 5.500 (início do projeto) a 8.000 (no auge da operação) postos de trabalho nos municípios de Anapu, Pacajá, Senador José Porfírio, Vítoria do Xingu, Curionópolis, Parauapebas, Itupiranga, Novo Repartimento, Marabá, Eldorado do Carajás, Floresta do Araguaia, Rio Maria, Sapucaia e Xinguara – no Pará – e Araguaína, Arapoema, Bandeirantes do Tocantins, Pau D’arco, Bernardo Sayão, Brasilândia do Tocantins, Colméia, Fortaleza do Tabocão, Guaraí, Itaporã do Tocantins, Miranorte, Pequizeiro, Presidente Kennedy e Rio dos Bois – no Tocantins. Em Curinópolis, por exemplo, onde será construída uma das subestações, estima-se a abertura de mais de mil posições de trabalho.
Cade aprova compra da Amazonas Energia pelo Consórcio Oliveira Energia/Atem
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da Amazonas Energia pelo Consórcio Oliveira Energia/Atem, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 18. A distribuidora, leiloada no dia 10 de dezembro, era a mais deficitária do grupo Eletrobras e foi adquirida por empresas que atuam em geração de energia e distribuição de combustíveis no Estado.
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A compra foi questionada pela Go Power & Air, que alegou risco de verticalização do mercado no Estado, pois a Oliveira Energia, um dos novos controladores da distribuidora, poderia privilegiar o aluguel de seus próprios equipamentos, uma vez que 95 localidades no Estado estão fora da rede e utilizam equipamentos alugados. Porém, a Superintendência-Geral do Cade, avaliou que o negócio não apresenta maiores problemas, já que não há concentração de mercado excessiva, e decidiu ratificar a operação.
O Consórcio Oliveira Energia/Atem foi o único proponente do leilão. Ao arrematar a Amazonas Energia, o grupo assumiu o compromisso de fazer um aporte de capital de R$ 491 milhões na companhia e realizar investimentos que somam R$ 2,7 bilhões em cinco anos. Os novos controladores também deverão buscar a melhoria financeira da distribuidora, que mudará de donos com uma dívida de R$ 2,2 bilhões.
Energisa vai aplicar R$ 202 milhões na Paraíba em 2019
Visando modernizar e melhorar os serviços prestados a aproximadamente 1,6 milhão de clientes, divididos em 222 municípios, a Energisa Paraíba e a Energisa Borborema anunciaram um plano de investimentos de R$ 202 milhões para este ano em suas áreas de concessão. Valor é 23% superior ao investido em 2018. Foco para atendimento de novas cargas e expansão das redes, além da manutenção e a substituição de ativos, combate ao furto de energia e o aperfeiçoamento de processos internos e capacitação de equipes.
Entre as principais obras previstas está a construção de duas subestações – uma em Bayeux e outra no bairro do Altiplano. A primeira vai atender 40 mil clientes, entre eles o Aeroporto Castro Pinto e Hospital Regional de Santa Rita, e a segunda visa atender ao crescimento do mercado, em especial o segmento imobiliário. Além disso, será construída a quinta sede própria da empresa no estado em Sousa, no valor de R$ 3 milhões, e ampliadas quatro subestações e construída uma seccionadora em Cabedelo.
Desta forma, a empresa se mantém como vetor essencial para o desenvolvimento econômico e social da região. “O trabalho é incessante pela excelência da prestação de serviços e pela participação. Mas nada poderia ser feito sem ter, em nossos quadros, paraibanos servindo por paraibanos. Hoje, 84% dos nossos quase dois mil colaboradores são filhos da terra”, ressaltou Ricardo Charbel, diretor-presidente da Energisa na Paraíba.