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O desafio das petroleiras com os projetos de hidrogênio de baixo carbono: apenas 8% de participação

Escrito por Paulo S. Nogueira
Publicado em 08/12/2023 às 12:26
Atualizado em 09/12/2023 às 00:44
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Projeto de hidrogênio azul Equinor H21 North of England (Foto: Divulgação) – Todos os direitos: EPBR

Majors de petroleiras europeias lideram a produção de hidrogênio azul, oportunidades perdidas em energia renovável, redução de emissões.

Um levantamento da Wood Mackenzie revelou que apenas 8% dos projetos dos projetos de produção de produção de hidrogênio de baixo carbono são de empresas de grande de grande porte do setor de óleo e gás. Isso representa uma capacidade de 102,6 milhões de toneladas por ano (Mtpa), indicando um caminho a ser percorrido no sentido de uma transição energética mais sustentável.

As petroleiras e empresas de óleo e gás têm uma participação muito pequena nos projetos de hidrogênio de baixo carbono, totalizando apenas 8% da capacidade global. Essa evidência reforça a necessidade de investimentos e de um maior engajamento do setor de setor de energia em alternativas mais limpas, como o hidrogênio verde e o hidrogênio azul.

Escalando o hidrogênio de baixo carbono na próxima década: petroleiras europeias e empresas de óleo e gás

  • ‘A intenção dessas empresas é tornar operacionais projetos de escala industrial até 2030 para abrir caminho para a escala industrial na próxima década’, afirma a Wood Mackenzie.
  • A consultoria prevê mudanças rápidas, com a consolidação do mercado, que hoje atrai 750 empresas participantes, e o anúncio de grandes projetos pelas empresas de petróleo.

Equinor, bp e Shell na liderança das iniciativas de hidrogênio de baixo carbono

  • As petroleiras estão concentradas no hidrogênio azul, produzido com gás natural associado à captura e armazenamento de carbono (CCS).
  • As principais vantagens do hidrogênio azul em relação ao verde para as petroleiras são o custo competitivo e a capacidade de fornecer hidrogênio de baixo carbono em larga escala, avalia Bridget van Dorsten, analista sênior de pesquisa na Wood Mackenzie.
  • As majors têm 23% dos projetos de hidrogênio azul, mas controlam apenas 5% dos empreendimentos de hidrogênio verde anunciados. A maioria são de petroleiras europeias, que já têm portfólios de geração renovável, eólica e solar.
  • ‘A questão é se o foco no hidrogênio azul pode resultar em oportunidades perdidas, uma vez que o hidrogênio verde atinja um ponto de inflexão de investimento. Afinal, espera-se que o hidrogênio verde represente 70% do fornecimento global de hidrogênio de baixo carbono até 2050″, diz van Dorsten.

Kerry critica Chevron por não aderir a metas de emissões de metano e carbono

O enviado presidencial especial dos EUA para o Clima, John Kerry, criticou a Chevron por não aderir às metas de zerar as emissões de metano até 2030 e de carbono até 2050, como outras 50 petroleiras fizeram durante a COP28. A ExxonMobil também não aderiu, mas está adotando outras medidas na mesma direção, segundo ele.

  • A Chevron se defendeu afirmando que já tinha estabelecido metas de redução de emissões e que ‘nenhuma empresa, país ou indústria pode abordar completamente as mudanças climáticas sozinhos’.

Regulação do metano no setor de óleo e gás por Alexandre Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo federal pretende regular as emissões de metano no setor de óleo e gás nos próximos anos. Ele não falou sobre a criação de metas domésticas.

  • As diretrizes serão propostas ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) até 2024, e caberá à ANP concluir a regulamentação até o final de 2025.
  • A Petrobras assinou a Carta para a descarbonização do óleo e gás’ (OGDC, na sigla em inglês), em que se compromete a ‘praticamente zerar’ as emissões de metano até 2030.

Emissões de dióxido de carbono provenientes de combustíveis fósseis atingirão níveis recordes em 2023

  • A previsão é que as emissões de dióxido de carbono (CO2) alcancem 36,8 bilhões de toneladas em 2023, um incremento de 1,1% em relação a 2022, de acordo com a pesquisa do Global Carbon Project divulgada na COP28.

Petróleo à mínima de quase cinco meses

Os preços do petróleo caíram para uma mínima de quase cinco meses nesta terça-feira (5/12) devido a um dólar mais forte, preocupações com a demanda e pouco efeito dos cortes acertados na Opep+.

  • Os futuros do Brent caíram 1,1%, a US$ 77,20 por barril, enquanto o WTI recuou 1%, a US$ 72,32 por barril. Foi o fechamento mais baixo desde 6 de julho.

Webinar “O futuro da Energia Vem de Vibra” em parceria com epbr e Vibra

A epbr, em parceria com a Vibra, realiza na quinta-feira (7/12), a partir das 9h, o webinar ‘O futuro da Energia Vem de Vibra’, onde vamos discutir a transição energética no transporte e na indústria, com as novas demandas da sociedade e os investimentos para descarbonização dos combustíveis fósseis, os biocombustíveis, SAF e eletrificação de frotas.

Vamos ainda abordar a gestão de energia e compensação de carbono, pois a migração para a economia de baixas emissões passa também pelo empoderamento do consumidor, com a ampla abertura do mercado livre, eficiência energética, geração distribuída e autoprodução de energia

Lula quer visitar Guiana no próximo ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (5/12) que deseja visitar no próximo ano a Guiana para a reunião da Comunidade do Caribe (Caricom). Ele não relacionou a visita à disputa territorial com a Venezuela pela região de Essequibo.

  • ‘O ano que vem eu tenho duas viagens que eu quero fazer: uma é para uma reunião da União Africana, dos 54 países da África que vai ser em Addis Ababa na Etiópia; e a outra é na Guiana, uma reunião dos países do Caricom (Comunidade do Caribe). Essas eu quero participar porque são coisas que tenho interesse de falar para eles sobre democracia, sobre o sistema ONU, sobre financiamento’, disse Lula.

Multas para Braskem

A petroquímica recebeu duas multas no valor de R$ 72 milhões do governo de Alagoas pelo risco de colapso e desabamento da mina 18, no bairro do Mutange, em Maceió. A empresa já recebeu 20 autuações por causa da mina.

  • Uma multa foi por degradação ambiental e a outra por omissão de informações. A companhia negou ter omitido informações.
  • O acordo prevê o pagamento de R$ 1,7 bilhão pela Braskem, que fica isenta de qualquer outro desembolso por danos relacionados à extração de sal-gema em Maceió.

Projeto de lei para certificação voluntária do lítio verde será votado

O Projeto de Lei de certificação voluntária do lítio verde (PL 2809/2023), da deputada Adriana Ventura (Novo/SP), deve ser votado nesta semana pela Câmara dos Deputados.

  • A proposta tem o objetivo de valorizar o potencial brasileiro na produção de lítio com menor intensidade de carbono. Atualmente, a Sigma Lithium é a única companhia no Brasil que cumpre os critérios estabelecidos pelo projeto.

Nova versão dos requisitos para hidrogênio verde inclui a biomassa

Uma nova versão dos requisitos para o hidrogênio verde (H2V) da Organização do Hidrogênio Verde (GHO, na sigla em inglês) – iniciativa privada que busca harmonizar globalmente critérios para o energético – incluiu a biomassa como fonte de eletricidade renovável apta para produção de H2V.

Coamo Agroindustrial decide instalação da primeira usina de etanol de milho exclusiva no Paraná

A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa agrícola do Brasil, deve decidir no próximo dia 13 a instalação da primeira usina de etanol exclusivamente de milho do Paraná, com capacidade de produzir 258 milhões de litros de etanol por ano.

Mercado brasileiro de fertilizantes deve crescer 7,3%

O mercado brasileiro de fertilizantes deve crescer 7,3%, para cerca de 44 milhões de toneladas em 2023, ante 41 milhões em 2022, disse o presidente da Yara Brasil, Marcelo Altieri.

  • O executivo afirmou que a empresa está apoiando os esforços do governo para incentivar a produção de fertilizantes e pediu um gás mais competitivo.
  • Na segunda-feira, Geraldo Alckmin defendeu a desoneração do gás para fertilizantes.

Aneel aprova prioridades de sua agenda regulatória para 2024/2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou as prioridades de sua agenda regulatória para 2024/2025, incluindo temas que vão de regulamentação de novas tecnologias de geração a reforços das redes de distribuição e transmissão para eventos climáticos extremos.

  • Entre os 30 pontos, estão: regulamentações para as eólicas offshore e sistemas de armazenamento de energia, acesso à rede de transmissão pelos geradores renováveis do mercado livre, entre outros.

Fonte: EPBR

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Paulo S. Nogueira

Criador e divulgador de conteúdo na área do petróleo, gás, offshore, renováveis, mineração, economia tecnologia, construção e outros setores da energia.

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