Uma embarcação chamada “Hidden Gem” lança ao fundo do mar “The Collector”, um dispositivo de 90 toneladas para coletar rochas ricas em minerais.
Esqueça os tradicionais aspiradores de pó. Apresentamos agora o maior que você já viu, mas calma, ele não foi feito para limpar sua casa. Em uma inovação surpreendente, um “aspirador” de 90 toneladas está sendo utilizado para sugar rochas do fundo do oceano.
E por que isso importa? Essas rochas são ricas em minerais como níquel, cobalto, cobre e manganês, componentes fundamentais na fabricação de baterias para carros elétricos, turbinas eólicas e painéis solares.
Do petróleo aos minerais
Originalmente construída para perfurações de petróleo, a embarcação “Hidden Gem” foi repaginada pela startup The Metals Company para ser uma base flutuante especializada na coleta dessas rochas. Em sua primeira operação, a empresa conseguiu reunir mais de 3.000 toneladas métricas de material.
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O equipamento é abaixado da embarcação-mãe “Hidden Gem” até o leito oceânico. Operadores em uma sala de controle assumem os comandos e iniciam a “limpeza”.
Equipado com quatro bicos de sucção e sensores que ajustam sua posição conforme as irregularidades do solo marinho, o “aspirador” recolhe as rochas e as envia para um compartimento especial na embarcação.
Um tesouro subaquático com implicações para carros elétricos
Essas rochas, conhecidas como nódulos polimetálicos, são formadas por camadas milimétricas de minerais úteis e podem ser encontradas em partes planas e suaves do oceano profundo, como na zona Clarion Clippeton, localizada entre o Havaí e o México.
Embora a empresa afirme que essa forma de mineração seja mais segura para o meio ambiente em comparação à mineração tradicional, há preocupações com o impacto na vida marinha.
O oceano abriga inúmeras espécies ainda não descobertas, e essa atividade pode colocar em risco ecossistemas já fragilizados pelo rápido avanço das mudanças climáticas.
O futuro dos minerais e o desafio ambiental
Diante da demanda crescente por baterias para carros elétricos e outras tecnologias limpas, o potencial dessas rochas oceânicas é imenso. No entanto, é necessário um cuidado rigoroso para que a exploração desses recursos não resulte em danos ambientais irreversíveis.
Em resumo, o “aspirador” oceânico representa um marco na extração de minerais que são vitais para a transição energética global. Mas como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar: estudos aprofundados sobre o impacto ambiental dessa atividade são essenciais para garantir um futuro mais sustentável para todos nós.